Os produtores de soja argentinos, que se preparam para uma safra de 53 milhões de toneladas, podem impulsionar seus gastos em fertilizantes e armazenamento por conta das chuvas torrenciais.
O El Nino, um fenômeno climático que se forma no oceano Pacífico e influencia o clima no mundo todo, é esperado para produzir mais chuva do que o comum entre Fevereiro e Abril no cinturão de soja da Argentina, segundo o climatologista Eduardo Sierra, do Mercado de Cereais de Buenos Aires.
Segundo Sierra, as chuvas mais fortes aumentarão os custos, pois a colheita será mais difícil e serão necessárias as aplicações de mais defensivos em áreas onde se produz 80% de toda a soja.
Argentina e Brasil esperam um recorde na safra de soja para o período 2009-2010 por conta das chuvas torrenciais ligadas ao El Nino. A Argentina é o terceiro maior produtor da oleaginosa, atrás do Brasil e Estados Unidos.
No ultimo ano, a Argentina sofreu a pior seca do século e a safra de soja caiu 32 toneladas, dos 46.2 milhões de 2008.
Eduardo Sierra disse ainda que qualquer impacto negativo que tenha atingido a safra já estava incluído nas previsões.