A Coreia do Sul entrerrou 1,4 milhões de suínos vivos, depois do surto de febre aftosa na península. A medida controversa foi tomada depois de 115 casos confirmados da febre, originários da cidade de Angong. O país também está lutando contra um surto de gripe aviária, depois da descoberta do vírus em algumas granjas avícolas.
Casas de abate funcionaram nos feriados para aumentar a oferta de carne no mercado, depois que os preços da carne bovina, suína e do frango subiram 22% no mês passado. O presidente Lee Myung-bak realizou uma reunião de emergência para discutir medidas para combater a rápida propagação da doença.
A Coreia do Sul já vacinou 1,2 milhões de animais contra a febre aftosa, em oito das 16 províncias. Os planos são de expandir o programa em todo o país, com exceção da Ilha Jeju. Em um pronunciamento, Ministro da Agricultura Yoo Jeong-bok afirmou que foi realizada uma reunião para analisar as medidas em curso e reforçar medidas preventivas”. O abate de 10% do número total de suínos e bovinos já recebe uma enxurrada de críticas.
Joyce D’Silva, diretor de relações públicas para o Compassion in World Farming (CIWF) (Compaixão na Pecuária Mundial, tradução livre) afirmou que “a CIWF está horrorizada com a atitude da República da Coreia, que está supostamente jogando suínos vivos em poços para serem enterrados”. Ele complementa: “Instamos o governo coreano a acabar com essa prática horrenda de uma vez por todas. Se os animais tiverem que ser abatidos, que isso seja feito com humanidade.”
O Ministro da Agricultura montou um time nacional para conter o avanço da doença. Acredita-se que o surto foi trazido por pássaros migratórios que chegaram na península. Especialistas da área da saúde temem que a praga possa sofrer mutações e ser facilmente transmitida entre humanos.
Desde 2003, a H5N1 já infectou por volta de 500 pessoas ao redor do mundo, matando cerca de 60%. A maior parte das mortes aconteceram na Ásia. A Coréia do Norte divulgou que não tem planos para paumentar as importações ou cortar direitos de importação para lidar com a escassez.O país impõe tarifas de 40% na carne bovina importada, e cerca de 25% nos suínos.