A suinocultura brasileira destaca-se no mercado mundial, como uma moderna cadeia produtiva com credibilidade e altos índices zootécnicos. A intensificação da produção tem sido uma característica do setor, respondendo à demanda de mercado. Porém a busca por volume de carne produzida e melhores índices zootécnicos (conversão alimentar, ganho de peso diário, etc.) cria condições favoráveis à manifestação de doenças, sobretudo, respiratórias.
Enfermidades respiratórias são comumente encontradas nas fases de creche e terminação de suínos. Dificilmente é possível diagnosticar a causa primária dessas doenças apenas por observações clínicas, histórico do lote e achados macroscópicos. Dessa forma, se faz necessário adotar ferramentas diagnósticas complementares e fundamentais para determinar os agentes etiológicos. O presente artigo tem como objetivo abordar alguns aspectos relativos ao diagnóstico adequado de problemas respiratórios em suínos na fase de creche e terminação.
Etapas para o diagnóstico
É de extrema importância a participação do médico veterinário em todas as etapas do processo diagnóstico. Além da definição clara dos objetivos de monitorias sanitárias e diagnóstico de campo.
Histórico, Exame clínico, Seleção dos animais e Envio de material para o laboratório.
Estas etapas são fundamentais para a construção do diagnóstico final. Caso sejam mal conduzidas, os resultados gerados poderão não ter utilidade na interpretação do diagnóstico final.
O histórico do lote se faz necessário para informação do profissional que conduzirá as análises no laboratório. Portanto, é primordial obter todas as informações relevantes (idade dos animais, tamanho do lote, vacinas e medicamentos utilizados, número e quais origens dos leitões, etc.), gerando uma riqueza de detalhes que possam auxiliar no laudo final. Importante salientar que o profissional responsável pela interpretação dos resultados vai considerar todas as informações apontadas sobre o lote a ser analisado.
Ao realizar o exame clínico, o papel do médico veterinário é entender se àquela sintomatologia clínica observada, como tosse, espirros, dificuldade respiratória tem relevância. Esta avaliação emprega técnicas com certo grau de subjetividade, porque valoriza elementos de difícil medição: o que um profissional julgar ser um “problema sanitário” pode não ser interpretado da mesma maneira por outro. Por este motivo, se faz necessário garantir um parâmetro sanitário que possa ser utilizado como ponto de partida para a intervenção. As avaliações clínicas mais comumente utilizadas são: contagem de tosse, contagem de espirro e contagem de animais com respiração abdominal. O profissional que realiza essas avaliações deve ter em mente que muitas vezes esses parâmetros podem sofrer interferência externa como a concentração de gás e pó no interior do galpão que está diretamente relacionado ao manejo de ventilação e limpeza.
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