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Avicultores querem linha para financiar biossegurança

<p>Uma solicitação de crédito já foi feita ao governo federal e a idéia inicial era de que o pedido fosse contemplado pelo Plano Agrícola 2006/07.</p>

Redação AI (06/06/06)- O vice-presidente técnico-científico da UBA (União Brasileira de Avicultura), Ariel Antônio Mendes, disse no sábado, em São José do Rio Preto (SP), que o setor está pleiteando a criação de um programa para financiar a implantação de medidas de biossegurança nas granjas e produções integradas, a fim de evitar a chegada da gripe aviária aos plantéis do país.

Segundo ele, a reivindicação é por uma linha de crédito específica para o setor, com juros em torno de 3,4% ao ano e dois anos de carência. A solicitação já foi feita ao governo federal e a idéia inicial do setor, que não foi atendida, era de que o pedido fosse contemplado pelo Plano Agrícola 2006/07, anunciado há duas semanas. Mendes participou do Encontro sobre Gripe Aviária: Prevenção e Perspectivas, no Ypê Park Hotel. Ele falou das medidas de prevenção adotadas no país, como proibição de importação de aves ornamentais e maior rigor na importação de material genético. Segundo ele, o Ministério da Agricultura está modernizando laboratórios e o monitoramento sorológico dos plantéis passará a ser feito continuamente.

Estado vai aderir a plano nacional – São Paulo pode ser o primeiro Estado a aderir ao Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária. O programa prevê a adoção do sistema de regionalização, pelo qual é possível restringir possíveis embargos internacionais apenas às regiões atingidas em caso de surgimento de focos da gripe aviária.

Segundo o coordenador do Programa de Sanidade Avícola da Secretaria Estadual de Agricultura, Fernando Buchala, nesta terça-feira o secretário da Agricultura, Alberto Macedo, deve ir a Brasília dar entrada ao plano de intenções para aderir ao programa de regionalização.
A adesão ao programa é voluntária aos Estados.

Buchala também participou do encontro sobre a gripe aviária. Ele afirmou que o Estado tem um grupo especial de técnicos treinados para agir rapidamente evitando a difusão do vírus em caso de surgimento.
Informou também que estão sendo adquiridos equipamentos para a atuação dos técnicos e que na última semana deste mês haverá treinamento com simulações. Buchala lembrou que o país não recebe aves de rotas migratórias vindas de países da Ásia, Europa e África, onde houve registros da ocorrência do H5N1, transmissor da gripe aviária.

Ele observou, porém, que há sítios de invernada na América do Norte onde há compartilhamento entre aves vindas da Ásia. Ele disse ainda que o Estado está monitorando as andorinhas cuja rota passa por Catanduva e que vai coletar material de aves em residências e granjas num raio de 10km da área de pouso dessas aves.