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Avicultura de corte cresce menos de 1%

Após dois anos de crescimento expressivo sustentado pelas exportações de carne de frango, principalmente, o setor tirou o pé do acelerador.

Redação AI 23/07/2003 – A avicultura de corte caiu na real. Após dois anos de crescimento expressivo sustentado pelas exportações de carne de frango, principalmente, o setor tirou o pé do acelerador.

O resultado é que o alojamento de pintos de corte no primeiro semestre deste ano cresceu menos de 1% em relação a igual período de 2002, segundo levantamento da Apinco (associação que reúne produtores). A produção somou 1,882 bilhão de aves no semestre.

No primeiro semestre de 2002 sobre 2001, o setor tinha crescido 12,35%, para 1,863 bilhão.

Para o secretário-executivo da Apinco, José Carlos Godoy, o crescimento de menos de 1% é reflexo dos custos de produção ainda elevados no setor, dos preços baixos do frango e das incertezas na economia. “Doeu o bolso do produtor”, observa.

Ele afirma ainda que esse aumento só existiu por conta das exportações, já que a demanda interna está deprimida. “Se considerarmos que a população cresce 1,5% ao ano, houve retração na produção”.

Para Godoy, a tendência é que o ajuste continue a ocorrer. Os números do alojamento de matrizes de corte no semestre justificam essa expectativa. Nos primeiros seis meses do ano, foram alojadas 15,047 milhões de matrizes, 0,84% acima de igual período de 2002.

Com esse ritmo de produção, a Apinco está revendo as projeções para este ano. Inicialmente, o setor previa um avanço de 5% no alojamento em 2003, para 4 bilhões de pintos de corte. Agora, a expectativa é de que o crescimento fique abaixo de 1% no ano. Em 2003, o alojamento foi de 3,817 bilhões de pintos.