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Manejo

Biosseguridade em aves

Os problemas sanitários prejudicam as exportações avícolas em qualquer parte do mundo. Manter um programa de biossegurança em aviários pode evitar problemas futuros ao avicultor, diz pesquisador da Embrapa Suínos e Aves.

Marcio G. Saatkamp, pesquisador da Embrapa Suínos e AvesProblemas com sanidade e saúde animal prejudicam a comercialização de produtos cárneos em qualquer lugar do mundo. No Brasil, não poderia ser diferente. Quando falamos da avicultura nacional, a biosseguridade torna-se um fator indispensável para mantermos as exportações de carne de frango com qualidade, visando novos mercados. O assunto foi debatido em um bate-papo informal com Marcio G. Saatkamp, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, durante o Show Rural Coopavel 2010. 

Para Saatkamp, um programa de biosseguridade numa granja não trás benefícios financeiros diretos, mas, com certeza, vai proporcionar ganhos futuros. “Além disso, a biossegurança é a prática mais barata e segura para se prevenir doenças”, explica. 

Durante o bate-papo, o pesquisador da Embrapa lembrou os problemas sanitários de 2006, com o surto de gripe aviária no mundo. “A doença destacou a necessidade de um programa de biosseguridade no setor avícola, porém, com o decorrer do tempo, os produtores parecem baixar a guarda”, diz. “A biossegurança deve ser um fator contínuo na produção de frango”. 

Exportação – Saatkamp enfatiza que o fator sanidade nunca deve ser deixado de lado, para o Brasil seguir líder nas exportações de frango no mundo. Porém, segundo o pesquisador, o Brasil não possui uma qualidade de produção regular em seu território. “O frango produzido no Sul do País é diferente do frango do Nordeste. Há locais no Brasil que ainda comercializam frango em feiras livres, sem as condições adequadas”. Para o pesquisador, este problema de biossegurança pode prejudicar as exportações do Brasil há qualquer momento, uma vez que “o mundo enxerga um Brasil só e não um Brasil regionalizado”. 

Para o pesquisador da Embrapa, o Brasil precisa organizar ainda mais a sua estrutura avícola, primeiramente a industrial e depois a “avicultura doméstica”. Desta forma, segundo ele, faz-se necessário o investimento contínuo em biosseguridade. “Além de observar a qualificação dos veterinários, técnicos, extensionistas, motoristas, carregadores e até mesmo do produtor avícola. Biosseguridade é gestão”.