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Brasil tem primeira unidade armazenadora certificada

<p>Para a certificação são necessários alguns requisitos como a existência de equipamentos indispensáveis para guarda e conservação dos produtos em perfeitas condições de uso.</p>

Redação (26/09/2008)- O Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras certificou, nesta semana, a primeira unidade, pertencente à empresa Bunge Alimentos. Trata-se de um graneleiro com capacidade estática para 76.390 toneladas. A medida segue determinação da Lei 9.973/00 e do Decreto 3.855/01. O objetivo é garantir a modernização e a profissionalização do setor de armazenagem no Brasil.

De acordo com o coordenador do Comitê Técnico Consultivo do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras, Pedro Beskow, a certificação segue uma tendência mundial e estimula a melhoria contínua da qualidade dos produtos armazenados.

Para a certificação de um armazém, são necessários três requisitos técnicos: existência de equipamentos indispensáveis para guarda e conservação dos produtos em perfeitas condições de uso, registro das operações que ocorrem dentro das estruturas armazenadoras e treinamento dos funcionários. “Com a modernização e profissionalização do setor teremos a certeza de que as perdas, tanto qualitativas quanto quantitativas, serão minimizadas”, afirmou Berskow.

Prazo – Os armazéns brasileiros, pessoas jurídicas, que prestam serviços remunerados para terceiros, têm até o final do ano para se adequar às regras da Lei 9.973/00, que serão obrigatórias a partir de janeiro de 2009. Mas o Comitê está avaliando propostas de prorrogação desta data.

O Brasil tem cerca de 16 mil armazéns, com capacidade estática de 125 milhões de toneladas. A partir de janeiro, aproximadamente 75% desta capacidade terá obrigatoriedade de certificação. As instalações do governo federal e administradas pela Conab, Ceagesp, Casemg e as estaduais também deverão seguir as mesmas regras da certificação.

O Sistema de Certificação de Unidades Armazenadoras é coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a participação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).