Redação AI 11/10/2002 – Desde o início da semana cerca de mil frangos morreram por causa do calor numa granja em Descalvado, São Paulo. Eles viram comida para porcos. Nem os ventiladores e aspersores de água ligados evitam o prejuízo.
Sebastião Gonçalves, que há dez anos cria frangos, sabe que o jeito é encher o tanque, pegar o trator e molhar o teto da granja na raça. Sem molhar (o teto da granja), tem uns 38 graus. Depois de molhada, uns 31 graus.
Com a chegada antecipada do calor, o custo com energia elétrica subiu 30%. Numa outra granja os ventiladores ficam ligados dia e noite. O criador Valter de Almeida confere o termômetro várias vezes ao dia. Nem assim conseguiu evitar a morte de 210 frangos num único dia.
As aves que mais sofrem com o calor são as que estão prontas para o abate, porque como são maiores e ocupam mais espaço na granja, o calor aumenta.
Entregando as aves antes de elas chegarem ao peso ideal, o produtor evita o risco da morte por causa do calor, mas tem um prejuízo por entregar a ave com menos carne. Nós deixamos ter um ganho de 60 gramas diária. Uma perca, no final das contas, em torno de 2% a 3%, calcula Valter.