Redação AI 24/02/2003 – O calor excessivo característico do verão prejudica a produção de frangos, provocando a mortandade. Os suínos também são afetados com redução no ganho de peso. As temperaturas altas comprometem também as funções metabólicas, reduzindo, assim, o crescimento. No caso das aves, ondas de calor podem provocar perdas de até 100% num plantel, alerta Paulo Giovane de Abreu, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, Santa Catarina.
Abreu explica que as aves adultas, ao contrário dos pintos, que necessitam de temperaturas de até 32 graus, precisam viver em ambientes entre 20 e 23 graus. Acima disso, gastam muita energia tentando controlar a temperatura corporal e podem sofrer hipertermia. O quadro agrava-se em regiões brasileiras onde o calor está associado à umidade elevada como no verão gaúcho. Conforme o pesquisador, doutor em bioclimatologia animal, para evitar perdas, o planejamento da instalação das granjas, amenizando variações térmicas, é fundamental.
Segundo ele, é importante escolher locais com boa ventilação; possuir sistemas de nebulização, cercar as instalações com árvores de rápido crescimento – como a uva japonesa -, proporcionando sombras. Um recurso tecnológico que também pode amenizar o problema é apontado pelo técnico. São os forros, que funcionam como isolantes térmicos, utilizados sob a cobertura das instalações, a fim de conter a radiação.
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A indústria catarinense Ipla utiliza espuma de polietileno revestida com polímero aluminizado. De acordo com o diretor da empresa, agrônomo Carlos de Lassus, o produto proporciona variação na temperatura ambiental em até 10 graus. Os cálculos de redução de calor foram orientados pelo Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina. As mantas também são bons isolantes acústicos e 100% recicláveis.
