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Crédito de carbono para suinocultura

<p>Cerca de 60 produtores de suínos catarinenses querem vender aos japoneses créditos de carbono provenientes dos dejetos suínos.</p>

Redação SI (15/09/06)-  Os produtores independentes de suínos de Santa Catarina estiveram reunidos ontem com o representante do Japan Carbon Finance (JCF), Hiroshi Tomita, para negociar vendas de créditos de carbono. O contrato ainda não foi assinado, mas segundo Tomita, as tratativas estão avançadas.

Cerca de 60 produtores de suínos catarinenses querem vender aos japoneses créditos de carbono provenientes dos dejetos suínos. A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) procurou o JCF na tentativa de eliminar intermediários no processo de comercialização e encontrar alguém que tivesse expertise no assunto, principalmente para as certificações internacionais exigidas. Os japoneses desenvolverão toda a forma de operacionalização dos biodigestores.

Segundo Tomita, o projeto de crédito de carbono por meio da suinocultura de Santa Catarina mostrou-se atrativo não só em termos econômicos, mas também nas condições de estruturação da operação, que prevê desenvolvimento sustentável, e negociação com granjas agrupadas. “Seria muito difícil negociar com cada granja”, disse ele.

Não foi revelado o valor da transação. Além do acordo com suinocultores no Estado, Tomita está negociando crédito de carbono provenientes de aterros sanitários – outro importante filão de negócio para países em desenvolvimento, como o Brasil – em outras regiões do sul do país.

De acordo com o presidente da ACCS, Wolmir de Souza, no dia 25 deste mês um novo encontro será feito em Concórdia para que os japoneses conheçam os produtores. O Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), que participou da reunião de ontem, deverá ser o avalista da transação.

O projeto de venda de crédito de carbono, ainda incipiente no país, vem sendo negociado há um ano e meio pelos suinocultores, segundo Souza. A negociação com o JCF envolve antecipação da venda de crédito para a construção de instalações de biodigestores. Ainda não é revelado quanto os 60 produtores gerariam de crédito de carbono.