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Criar galinha caipira: opção rentável e promissora

Em Goiás, uma iniciativa pioneira está dando certo.

Redação AI 09/08/2002 – No Estado de Goiás, uma iniciativa pioneira está dando certo. Trata-se da criação do frango caipira solto no quintal, apoiada pela Agência Goiana de Desenvolvimento Regional, em parceria com o Programa Nacional Agricultura Familiar (Pronaf). As primeiras localidades a adotar o sistema são Região da Estrada de Ferro, próxima à capital, e o norte goiano. Em ambos casos, o regime é de consórcio.

Em Silvânia, pólo do projeto chamado Frango Caipira Ecológico, foi instalado um matadouro central que vem abatendo, por enquanto, 8 mil frangos/mês, fornecidos pela Central de Associações de Pequenos Produtores, que congrega microavicultores da cidade-pólo e de Leopoldo Bulhões, Gameleira e Bonfinópolis.

Em um curto prazo, o governo estadual chegar ao abate mensal de 70 mil aves, com previsão de movimentação em torno de R$ 4,2 milhões por ano, segundo o presidente da agência, João Bosco Umbelino.

No município de Montividiu do Norte, foi instalado o pólo do outro projeto que abrange os municípios de Trombas, Formoso, Estrela do Norte e Santa Tereza. Nesta região, os números são menores, segundo o gestor Hélio Mauro Umbelino. Ele explicou que os trabalhos vêm sendo desenvolvidos com uma previsão de abate de 35 mil frangos/mês e uma movimentação financeira em torno de R$ 2,10 milhões, já a partir do terceiro ano de sua implantação.

Mauro explicou que um criador com 250 galinhas, por exemplo, terá um lucro de R$ 215. Assim, quanto mais aves ele criar, maior será seu rendimento. Advertiu, contudo, que dentro deste contexto, o pequeno produtor terá que desenvolver outras atividades rurais para garantir a regularidade do seu orçamento doméstico.

O programa já atraiu, somente na Região da Estrada de Ferro, cerca de 280 famílias, beneficiando mil pessoas direta ou indiretamente. Bosco destacou ainda o apoio da Universidade Católica de Goiás à Agenciarural, oferecendo o suporte técnico para os consorciados, complementando, desta forma, a atuação da AGDR, que desenvolve as pesquisas e consolida as parcerias ao lado do Pronaf.