Mesmo demorando o dobro do tempo dos frangos de granja para atingir o peso para abate, produtores e autoridades portuguesas acreditam que este novo tipo de criação pode ser uma saída para a crise.
De acordo com os dados, a produção de frangos a campo representa hoje menos de 3% do total das aves criadas anualmente, correspondendo a cerca de 4,5 milhões de cabeças, para uma produção de 200 milhões de abates/ano dos frangos de granja.
Apesar da fraca presença ainda no mercado, os portugueses acreditam que este tipo de criação possa resgatar a credibilidade do consumidor, já que o mercado nacional viu seu consumo cair em 50% a partir de fevereiro, época do escândalo dos nitrofuranos, operando atualmente com apenas 70% de sua capacidade.
A criação de frango a campo é controlada hoje por três empresas privadas, contratadas pelo Ministério da Agricultura de Portugal, de forma a garantir a fiscalização e a orientação técnica das diversas etapas de produção. As condições de criação estão regulamentadas pela comunidade européia e só os criadores que cumprem as especificações podem usar uma rotulagem especial para o produto.
Em Portugal, sete das maiores empresas produtoras aderiram a esta rotulagem, que consta de um logotipo circular onde se lê Aprovado pelo Ministério da Agricultura.