O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo. Esta posição foi conquistada devido às alterações significativas no sistema de produção ao longo dos últimos 30 anos. O Brasil viu sua produção suinícola passar de um modelo de subsistência pequeno para um sistema de confinamento alimentar grandioso. No entanto, apesar do sucesso da suinocultura brasileira, a cadeia é alvo de uma grande preocupação pública devido à grande quantidade de resíduos gerados nessas operações e seu impacto ambiental sobre o solo, o ar e a qualidade da água. O fato reflete a necessidade de um tratamento de dejetos suínos na hora do descarte.
A compostagem de dejetos de suínos mostra-se uma boa alternativa. O procedimento tem sido promovido no Brasil na hora de reaproveitar estes resíduos de produção. Esta prática permite a evaporação da água e transforma os dejetos líquidos em um material sólido de alto valor biológico que pode ser utilizado como biofertilizante – fácil de manusear e transportar para áreas de plantio.
Um projeto quer avaliar as emissões de efeito estufa durante a compostagem e propor tecnologias inovadoras para acelerar o metabolismo biológico para a compostagem e redução de emissões. O uso do fertilizante líquido como esterco também está sendo avaliado. Seus benefícios como biofertilizante sugerem que este é um composto promissor na comparação com fertilizantes minerais mais caros.
Além de testar as concentrações de biofertilizante em diversas culturas, o projeto também está avaliando novos equipamentos para melhor distribuir o biofertilizante nos solos com o objetivo de otimizar a fixação de nitrogênio e minimizar as emissões para a atmosfera.
Marcio L.B. da Silva, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, publicou um artigo sobre o tema no blog do Labex Korea. Para saber mais sobre o reaproveitamento de resíduos na suinocultura para a produção de energia, clique aqui (artigo em inglês).