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Manejo

Dejeto de suíno traz vantagens

Produtor reaproveita efluentes para adubar plantação.

O produtor Natalino Calegari, de Campos Novos, no Meio-Oeste catarinense, encontrou a fórmula que reduz os custos da agricultura ao mesmo tempo em que contribui para a preservação ambiental. Ele adaptou motores ao sistema de tubulação de um biodigestor. Com a ideia, Calegari reaproveita os efluentes dos suínos, aduba os 160 hectares de soja e milho e utiliza o biogás no cozimento de alimentos.

Calegari agora comemora os resultados.

– Só tenho vantagens, não gasto com adubos químicos, não corto árvores para fazer lenha e não preciso comprar botijões de gás. Mas, melhor ainda, é adubar a lavoura sem sentir o cheiro do adubo orgânico e do químico – contou.

O suinocultor conheceu o procedimento do biodigestor em Erval Velho. Quando retornou à propriedade, percebeu que poderia ampliar o tamanho do dispositivo e adaptar o sistema à criação dos três mil suínos em fase de terminação.

Mas a ideia foi além: Calegari instalou o biodigestor e acoplou motores e tubos ao sistema. Desta forma, reduziu os custos com o transporte do adubo e proporcionou maior agilidade ao cultivo de soja e milho.

Associado da Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Copercampos), foi o único de 11 produtores que adaptou o biodigestor a 1.500 metros de tubos e dois motores automotivos. O dispositivo, denominado de “carrinho ambulante”, leva o adubo a toda extensão da propriedade.

“Carrinho ambulante” foi invenção própria

O invento utiliza dois motores que auxiliam na distribuição de 30 mil litros de adubo por hora. Conforme a necessidade de adubação, as 250 barras (cada uma tem seis metros) são deslocadas para a área determinada.

– O funcionamento é semelhante ao de um carro. Eu mesmo montei o “carrinho ambulante” e, com a ajuda dos filhos, faço a manutenção elétrica. O único gasto que tive foi com os motores e as rodas, que foram compradas em um ferro-velho – disse.