A utilização de aditivos na nutrição de poedeiras contribui beneficamente modificando as características das rações, alterando suas características químicas, físicas, microbiológicas e sensoriais, e, por consequência, melhorando o desempenho animal (BERTECHINI, 2012). Os emulsificantes vêm sendo muito utilizados como aditivo na nutrição de aves, principalmente em frangos de corte, e são agentes ativos de superfície e compostos anfílicos, de peso molecular médio (Araújo, 2008).
Devido sua natureza anfílica, os emulsificantes são absorvidos na interface entre óleo e a água, reduzindo a tensão superficial e a energia necessária à formação de emulsão. Dessa forma permite que elas se misturem e, por consequência, facilite a digestão de lipídeos. Devido a falta de estudos sobre a suplementação de emulsificantes em rações para poedeiras, objetivou-se com este trabalho avaliar o desempenho e a qualidade de ovos de poedeiras comerciais, suplementadas com emulsificante comercial à base de mono e diglicerídeos de ácidos graxos, associados a diferentes níveis de energia na ração.
Material e métodos
O experimento foi conduzido no Instituto Federal de Minas Gerais – campus Bambuí. Foram utilizadas 400 poedeiras semipesadas da linhagem Hisex Brown com 25 semanas de idade. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC) composto por cinco tratamentos e dez repetições por parcela (oito aves cada). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Unifenas, sob protocolo 13A/2015. Os tratamentos utilizados foram: CP: Dieta controle com 2775 kcal EM/kg, 17,0% de proteína bruta (PB), 4,0% de cálcio (Ca), 0,46% de fósforo digestível (Pd). CP+E: Dieta CP suplementada com emulsificante (E) em 0,012%; CN50+E: Dieta CP com redução de 50 kcal EM/kg e suplementada com 0,012% E. CN100+E: Dieta CP com redução de 100 kcal EM/kg e suplementada com 0,012% E. CN150+E: Dieta CP com redução de 150 kcal EM/kg e suplementada com 0,012% E.
As rações experimentais foram formuladas à base de milho, farelo de soja e de trigo, e a fonte de fósforo utilizada foi o fosfato bicálcico. Considerou-se a composição dos alimentos, segundo as recomendações de Rostagno et al. (2011) e as exigências de acordo o manual da linhagem (INTERAVES, 2006). Todas as dietas foram isoproteicas, isoaminoacídicas, isocálcicas e isofosfóricas e com o mesmo nível de inclusão de óleo degomado de soja (2%).
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