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Produção

Em nome da verdade

<p>Comissão de Agricultura rejeita pedido de proibição de uso de aditivos na produção avícola.</p>

A afirmação equivocada de que a avicultura brasileira usa hormônios para produzir carne de frango e ovos causa indignação em qualquer membro do setor. Não há avicultor que não se irrite quando o assunto vem à baila. Afinal, trata-se de um mito, uma teoria sem fundamento científico e que não se sustenta.  

Pois a avicultura brasileira conseguiu uma vitória importante esta semana na Câmara Federal, em Brasília (DF). A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal rejeitou a proibição de se utilizar aditivos na produção de aves e ovos para consumo humano.

Além do texto original, os parlamentares também rejeitaram o substitutivo ao Projeto de Lei 6329/02, da deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), que tinha sido aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor. No substitutivo, a comissão transforma em projeto de lei a norma do Ministério da Agricultura que regulamenta o assunto, por considerar que a matéria deve ser tratada em lei, e não em um normativo frágil.

Fiscalização – Ao apresentar parecer contrário à aprovação da matéria, o relator na Comissão de Agricultura, deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), ressaltou que a carne de frango e os ovos de galinha produzidos no Brasil são provenientes de aves criadas com as melhores técnicas zootécnicas do mundo, sob supervisão veterinária e fiscalização do Ministério da Agricultura. Ele disse ainda que o sistema de abate e processamento de aves se submete a rigorosa inspeção sanitária federal.

O relator observou que a desconfiança de contaminação é advinda do rápido ganho de peso dos frangos criados em granjas, que hoje alcançam mais que dois quilos e meio aos 45 dias de idade. “Este progresso está baseado fundamentalmente em uma intensa atividade de pesquisa nas áreas de genética, nutrição, sanidade e no entendimento das relações destes conhecimentos através do manejo da produção destes animais”, disse o deputado.

Nogueira explicou que os chamados “promotores de crescimento” de aves são substâncias antibióticas usadas em dosagens subterapêuticas, visando selecionar microorganismos mais eficientes no aproveitamento dos alimentos, e “nada tem a ver com hormônios ou substâncias anabolizantes”.

Tramitação – Antes de ir a Plenário, o texto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Foto: Sônia Baiocchi, Agência Câmara