Redação (16/02/2009)- As atividades na zona rural tiveram um incremento com a disseminação do uso da energia elétrica. Os benefícios acabam aumentando com a adoção de políticas de acesso e barateamento do serviço, via programas como o de Avicultura Noturna (PAN) e Irrigação Noturna (PIN) implantados pelo governo do Estado. Ao utilizar a energia elétrica no período da noite, o produtor obtém descontos que chegam a 60%.
"Os irmãos Lairto de Oliveira e Júlio de Oliveira se dedicam à avicultura há 15 anos e nos últimos meses, integrando o PAN, contabilizaram uma boa ecomonia. Para manter dois galpões de criação de frangos e outras atividades da propriedade, eles gastam 5 mil quilowatts por mês. Com o subsídio concedido pela eletrificação rural, no horário normal, pagam R$ 0,16 o quilowatt. Quando usa a energia no período da noite – das 21h30 às 6 horas – o custo cai para R$ 0,06 o quilowatt.
"Todo desconto é bem-vindo’’, afirma Lairto, que produz seis lotes de 55 mil frangos ao ano, num sistema de integração com uma indústria da região. Para obter bons resultados e entregar os frangos com idade entre 42 e 49 dias, a energia elétrica é fundamental. A ração e água são distribuídas nos galpões por um sistema automatizado. A iluminação em algumas horas do período noturno também possibilita o ganho de peso porque a claridade estimula a ave a se alimentar.
Alguns equipamentos são imprescindíveis para a avicultura. Exaustores e nebulizadores garantem as condições para o desenvolvimento dos frangos. Os pintainhos necessitam de calor para sobreviver aos primeiros dias. Próximo à época de ir ao abate o calor em excesso pode provocar a mortalidade das aves. ‘‘Quando está muito quente, os nebulizadores deixam a temperatura mais agradável’’, diz Lairto.
A energia mais barata é utilizada também para o abastecimento de água captada de uma mina, exclusivamente à noite, e armazenada em caixas d‘água. Os produtores também contam com desconto em outras atividades na propriedade. Como a energia é registrada em um só relógio, os gastos com a casa também ficam menores.
Segundo Adenir de Carvalho, agrônomo da Emater que presta assistência na região de Apucarana, o produtor pode otimizar a utilização da energia elétrica mais barata, organizando a propriedade. ‘‘É possível, por exemplo, triturar a ração do gado no período da noite’’, afirma. Além disso, os custos com a avicultura podem ser cobertos com a venda da cama de frango. ‘‘Os dois barracões de Oliveira produzem entre 300 e 360 toneladas, que rendem R$ 100 cada uma’’, calcula.