Redação SI 02/09/2002 – Acontece hoje (2) e amanhã (3), na capital paranaense, um encontro técnico para discutir ações do projeto de controle da contaminação ambiental decorrente da suinocultura nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
A promoção é da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que convidou mais de 20 órgãos, entre representantes do Ministério do Meio Ambiente, universidades, entidades de pesquisas, prefeituras, Sindicarne e Associação dos Produtores de Suínos.
Coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, o projeto foi aprovado pelo Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA II), do governo federal, e começou ser executado no início do ano. “O encontro servirá para avaliar em conjunto as primeiras ações do projeto”, diz Sandra Mara Queiroz, coordenadora do programa no Paraná.
Para atender às necessidades do setor, o projeto foi dividido em duas fases e conta com R$ 12 milhões, para serem aplicados em três anos. Mais de mil propriedades rurais serão adequadas às exigências da legislação ambiental em vigor. Para viabilizar as ações, foram adquiridos diversos equipamentos, como GPs, microcomputadores, máquinas fotográficas e veículos. Já estão concluídos o cadastramento e a localização, feita por geo-referenciamento, de 156 propriedades suinícolas.
Pela proposta, serão contempladas seis bacias hidrográficas do oeste e sudoeste do Paraná, que assarão por processos de recuperação. Atualmente, as bacias encontram-se degradadas em função de práticas inadequadas de suinocultura provocadas por propriedades localizadas próximas a pontos de captação de água para abastecimento público.
Antes da intervenção nas propriedades, será elaborado um diagnóstico completo da situação em todas as bacias dos rios Toledo, Marrecas, Pato Branco, Vitorino, São Francisco e Lontra. “O principal objetivo é compatibilizar a prática da suinocultura com a qualidade ambiental, reduzindo o impacto que a atividade traz, principalmente para os mananciais”, explica o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Mário Sérgio Rasera.
Após o diagnóstico, as pocilgas que estiverem em Área de Preservação Permanente (APP) serão recolocadas em áreas mais adequadas dentro da propriedade. A estrutura física das instalações deverá reduzir a quantidade de dejetos e facilitar o controle dos efluentes gerados no processo de produção. Serão utilizadas tecnologias para o tratamento e destinação final dos dejetos, reduzindo significativamente o impacto na qualidade da água dos rios.