Famato e Aprosoja ao Mapa solicitam revisão na lei de exploração de fertilizantes
<p>O Brasil importa 70% do fertilizante que consome para a produção de insumos.</p>
Redação (05/12/2007)- A exploração dos fertilizantes foi pauta da audiência do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, na tarde desta terça-feira (04.12), em Brasília. Prado solicitou ao ministro uma revisão da Lei de Concessão de Lavras para a exploração de fertilizantes. O Brasil importa 70% do fertilizante que consome e, em território nacional, 70% da exploração do produto, como potássio e fósforo, está nas mãos da multinacional Bunge, por meio da Fosfertil. “Queremos a revisão da lei porque muitas vezes a empresa ganha a concessão e não explora a mina. Ficamos assim, dependentes do oligopólio. O alto custo do insumo põe em cheque a produção brasileira”, afirmou o presidente da Famato, acompanhado o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira.
Segundo Rui Prado, Reinhold Stephanes, ficou muito preocupado e prometeu estudar a abertura das concessões, com a revisão. O fósforo e potássio os dois são importantes para a agricultura brasileira e principalmente em Mato Grosso cujo solo necessita de correção.
A Famato e Aprosoja reivindicaram ainda o fim da taxa Adicional de Frete de Renovação da Marinha Mercante na importação do produto de países como o Canadá e a Rússia. O impacto gira em torno de 25%, ou 15 dólares a tonelada segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os produtores também querem que o Mapa interfira junto aos estivadores nos portos para uma redução da taxa de descarga dos navios, que é de 18 dólares a tonelada. Menos burocracia e investimento nos portos para garantir que mais navios possam aportar foram outros pontos solicitados pelos representantes dos produtores rurais mato-grossenses.