Vários fatores ambientais que ocorrem durante a incubação podem afetar o metabolismo do embrião e induzir mudanças metabólicas na vida pós-eclosão, afetando a viabilidade, imunidade, saúde, produtividade, comportamento dos frangos e até a qualidade física e microbiológica das carcaças. Na prática diária da incubação, os principais problemas são as desuniformidades em ventilação para proporcionar as temperaturas, tensões de oxigênio, evacuação do CO2 e a umidade necessária em cada fase de desenvolvimento embrionário e para cada tipo de ovo que se recebe no incubatório, gerando microambientes que podem ser considerados nocivos para alguns embriões.
Entretanto, a maioria dos embriões tem a capacidade de sobreviver nas condições mais adversas, devido à plasticidade do metabolismo, podendo se adaptar aos fatores estressantes. Porém, geram respostas fenotípicas que podem diminuir o crescimento e a utilização de nutrientes, interferindo na expressão genética para obter a máxima produtividade das aves. Além disso, alguns embriões podem sofrer condições tão adversas que chegam a ter problemas metabólicos severos como ascites, problemas de patas, morte súbita, susceptibilidade ao estresse pelo calor, ou problemas de desenvolvimento de vários tecidos. Essa mesma plasticidade do metabolismo tem permitido estudar efeitos de estimulações de temperatura para obter mais músculo, ou maior adaptação ao estresse pelo calor ou frio. Esta apresentação revisará principalmente os fatores da incubação que podem modular o metabolismo embrionário, os efeitos negativos da incubação subótima no metabolismo de diferentes tecidos e possíveis efeitos positivos de algumas práticas de incubação.
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