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Frango brasileiro é destaque no Jornal Nacional

Rede Globo mostra em reportagem que o frango brasileiro não contém hormônio e que é o mesmo consumido por milhares de europeus.

Redação AI 19/05/2003 – A exportação de carne de frango brasileira cresceu quase 50% este ano. Uma conquista que beneficia também o consumidor interno. A carne vendida aqui tem a mesma qualidade da consumida, por exemplo, na Europa. E é bom acabar de vez com um engano muito difundido: o frango brasileiro não tem hormônio.

A diferença é intrigante. Dois frangos da mesma idade. Um, caipira, outro de granja. O que explica o super crescimento de um deles? O frango de granja já nasce com vantagem: é fruto de 50 anos de seleção genética. Só são usados para reprodução os que crescem muito e rápido. Depois, tem o tratamento vip. Nas granjas modernas, temperatura, umidade, tudo é controlado.

“As aves conseguem expressar todo seu potencial genético, porque elas não sentem frio, não sentem calor, tem ração à vontade o dia todo e a água é fresca também o dia todo.”, explica o agrônomo Álvaro José Baccin.

Água filtrada, para garantir a saúde dos frangos. E a alimentação, tem hormônios?

“O frango não toma hormônio. O que existe a respeito é uma confusão, porque são usados na ração os promotores de crescimento.”, conta o pesquisador da Embrapa, Cláudio Bellaver.

Os promotores de crescimento são enzimas, proteínas, vitaminas e os chamados probióticos – que aumentam a absorção de nutrientes, fazendo o organismo aproveitar ao máximo o alimento. Desse jeito, a produtividade do frango deu um salto em 20 anos. Levava 50 dias para pesar 1,8 quilo, comendo 2,4 quilos de ração. Agora, em 40 dias chega a 2,4 quilos comendo só 1,8 quilo de ração.

“O crescimento mais rápido é fruto de uma nutrição adequada, uma genética adequada. Não existem resíduos na carne que sejam desfavoráveis à saúde humana.”, completa Cláudio.

Os antibióticos que podem fazer mal pra nós, são proibidos. O país segue as normas estabelecidas em mais de cem países que compram o frango brasileiro. E não existe o frango “tipo exportação”. Como de cada quatro produzidos aqui, um é vendido lá fora. ficaria muito caro para a indústria manter duas linhas de produção. Por isso, o frango que vira galeto no Brasil é o mesmo que vai para a mesa dos europeus.