A Assembléia Legislativa vota, amanhã, em discussão única, projeto de lei de autoria do deputado Jorge Babu (sem partido), que determina que as empresas responsáveis pelo abate e congelamento de aves que são comercializadas em supermercados e demais estabelecimentos localizados no estado do Rio de Janeiro utilizem, a partir de agora, o processo de criogenização.
Segundo a assessoria do deputado, hoje o processo utilizado pelas empresas é o de arrefecimento lento, o que dá margem para a formação de cristais de gelo, prejudicando a textura do produto e seu valor nutritivo. Com a criogenização, que é o congelamento rápido de alimentos, a possibilidade de acúmulo de gelo não existe.
O projeto é proveniente, do número elevado de reclamações de consumidores com dúvidas, em relação à qualidade da textura da carne de aves congeladas e ao seu peso, que aumenta constantemente nos órgãos de defesa do consumidor e nos serviços de atendimento ao consumidor (SAC) das empresas. A maior dúvida desses consumidores, é saber se realmente o frango que eles estão levando para casa, possui o peso registrado na embalagem, ou se ele está levando uma grande quantidade de água congelada no interior do produto.
Com relação ao excesso de água encontrado nas aves pelos consumidores, o deputado irá sugerir uma parceria com os órgãos de Defesa do Consumidor, para que eles intensifiquem a fiscalização nas empresas localizadas no estado.
Segundo as normas sanitárias só é permitido no máximo 6% de água no frango congelado. Porém, o Ministério da Agricultura já encontrou em amostras testadas até 26% de água. “Isso é um absurdo”, disse o deputado. Ele lembrou, ainda, que hoje o processo de criogenização já é utilizado, com sucesso, no congelamento de moluscos e crustáceos. O projeto determina também que, as empresas responsáveis pelo abate e congelamento das aves, deverão imprimir, na embalagem do produto, uma etiqueta informando a quantidade de água existente.