Redação SI (28/03/06)- Um estudo realizado pelo Nupea/ Esalq (Núcleo de Pesquisa em Ambiência da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), de Piracicaba, revelou que de 22 granjas criadoras de suíno no Estado de São Paulo, 77% não fazem nenhum tratamento de dejetos.
A pesquisa foi realizada entre 2004 e 2005 com o objetivo de traçar uma radiografia da poluição da suinocultura paulista. É um quadro preocupante, porque se não houver fiscalização, monitoramento e tratamento desses dejetos pode haver contaminação do lençol freático, disse a engenheira agrícola e doutora em agronomia Edilaine Regina Pereira, pesquisadora do Nupea e autora do estudo.
Não existe lei que estabeleça limites para os dejetos nos criadouros suínos e há muita desinformação sobre os impactos no solo e na água, afirmou o professor Iran José Oliveira da Silva, orientador da pesquisa.
Elaine afirmou que em algumas granjas foram verificados índices até 70% maiores de poluentes do que nos efluentes domésticos das proximidades dos locais.
O estudo avaliou propriedades com rebanhos acima de 200 suínos.