A pesquisadora Karyne Rogers, do Centro Nacional de Ciência da Nova Zelândia, desenvolveu um método científico para identificar as diferenças entre ovos produzidos por poedeiras criadas ao livre, em gaiolas ou com alimentação orgânica.
Acredita-se ser a primeira vez que os ovos provenientes de diferentes sistemas agrícolas tenham sido distiguidos atraves de uma análise isotópica. Rogers, comparou as diferentes marcas de ovos ‘ao ar-livre’, de gaiola e orgânicos.
Usando a análise de isótopos, a pesquisadora encontrou diferenças em quase todos os tipos de ovos em relação ao carbono e nitrogênio. Tais substâncias são encontradas nas dietas das poedeiras e refletem diretamente o tipo de ambiente onde a galinha é criada.
“As galinhas criadas ao ar-livre e as criadas organicamente têm acesso a uma gama mais vasta de fontes alimentares do que as que vivem em gaiolas, como insetos e vegetação local, isso muda o isótopo de seus ovos”, afirma Rogers.
As conclusões foram publicadas em junho no Jornal da Agricultura, Química e Alimentos da Nova Zelândia, e mostra que a análise técnica é potencialmente eficaz. A pesquisa de identificação dos componentes relacionados à dieta das aves foi realizada na gema, clara e membranas do ovo. Rogers acredita que a técnica também vai auxiliar a indústria contra erros de rotulagem de produtos.
“A técnica é uma boa maneira para provar cientificamente se os ovos são verdadeiramente orgânicos ou de galinhas criadas em campos. O próximo passo é buscar financiamento para que a indústria possa trabalhar com essa técnica diretamente com os produtores de ovos”, diz a doutora.
Para visualizar o estudo completo, em inglês, da pesquisadora neozelandeza, clique aqui.
Atualmente, a Nova Zelândia exporta mais de 2 milhões de ovos de criações ao ar-livre por ano. Esta pesquisa pode aumentar a confiança dos consumidores, o que daria ao país vantagens para exportação.
– Com informações do World Poultry.