Não há malhadora que desconheça os benefícios dos alimentos ricos em proteínas para o bem dos músculos. Entre as opções disponíveis, uma das preferidas é o frango, com nada de carboidrato e pouca gordura. Mas um filezinho grelhado nem sempre é inofensivo como parece, um de seus perigos é estar contaminado com a campilobactéria. Se você comer uma carne infectada, sofrerá de diarreia, às vezes com sangue, dores abdominais, cólicas, febre e vômitos. No Brasil, onde cada habitante consome mais de 40 quilos de frango por ano, todo cuidado é pouco.|
A bactéria se prolifera facilmente entre as aves, já que durante a criação, os animais dividem um espaço pequeno. Além disso, a olho nu nã ose detectam os bichos contaminados. De acordo com o Ministério da Agricultura, não há um controle bacteriológico específico da carne que é comercializada atualmente. Pelo menos, você pode se assegurar da qualidade da produção procurando o selo emitido pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). “Fuja também de aviculturas pequenas e de criações domésticas”, diz Daniel Bandoni, nutricionista do departamento de nutriçã oda Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). As aves orgânicas são as compras mais seguras.
Mas não são só você e a campilobactéria que gostam de frango — a salmonela também. Principal causadora dei ntoxicações alimentares, ela pode ser encontrada na carne e em ovos mal cozidos. Se o cuidado com a higiene durante o abate e o manuseio não forem seguidos à risca, um animal sujo contamina inúmeros outros.
Entrada Proibida
Por causa da proliferação de bactérias, a disseminação de doenças entre os frangos é alta, o que estimula os criadores a utilizar antibióticos. O problema é que bactérias sobreviventes aos medicamentos ficam mais fortes e, quando você ingere produtos contaminados, o micro-organismo se instala em seu corpo também. Na próxima vez que tiver uma infecção causada por essas bactérias, há uma chance de os remédios não funcionarem.
“No caso dos frangos, os produtores podem utilizar legalmente promotores de crescimento, contanto que interrompam o uso antes do abate para que não fique nenhum resíduo na carne”, afirma Nelmon Costa, diretor do departamento de inspeção de produtos de origem animal do MAPA. A mesma regra existe para a administração de antibióticos em bois. O Estado, o município, além do próprio Ministério, se encarregam da inspeção. Cerca de 3 800 estabelecimentos estão cadastrados, a maioria no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas ainda temos regiões do país em que existem abatedouros irregulares, que vendem carne em frigoríficos de periferia e até em feiras livres.
Cuidados- “Confira a temperatura do frango. Além disso, se a carne está muito mole, certamente não é ideal”, diz Denise Resende, gerente geral de alimentos da Anvisa. “A carne de frango congelada é mais saudável, já que alguns micro-organismos não resistem a temperaturas baixas. Ao descongelar, conserve o alimento na geladeira”. A gerente também recomenda que os ovos só devem ser retirados da geladeira na hora do preparo. “Não os deixe sobre a pia, à temperatura ambiente. E cozinhe ao ponto”.