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Mais Leitões desmamados com maternidade suspensa

<p>Cooperado de Manuel Ribas (PR) investe na modernização da granja e se surpreende com maior eficiência das matrizes.</p>

Redação SI (10/06/2005) – O piso de concreto e madeira que antes predominava na maternidade da granja do cooperado Gervásio Alflen, de Manoel Ribas (PR), só pode ser visto, atualmente, em fotografias. É que há sete meses a realidade da granja mudou. Alflen investiu R$ 17 mil na execução de um projeto arrojado que modernizou a estrutura de maternidade e ofereceu maior eficiência na produção dos leitões.

Trata-se de um sistema que elevou o piso da maternidade. A alternativa que é recomendada por especialistas no assunto e que resulta em ganhos mais estabilizados na criação, sem contar os reflexos positivos no manejo dos animais.

Segundo o cooperado, o investimento compensou, uma vez que proporcionou uma ampliação na produção mensal da granja através da redução do número de leitões que nasciam sadios e não chegavam a ser desmamados. A maioria dos leitões morriam esmagados pela próprias mães, devido às falhas na estrutura da maternidade antiga, conta Alflen. Com a nova estrutura, este perigo foi afastado da granja. Até aumentamos a taxa de desmame, numa média de dois leitões por porca. Isso tem proporcionado um incremento na nossa taxa de desmama de 30 leitões a mais por mês. Um resultado que até então não existia, comemora.

PROJETO – O novo sistema adotado pelo cooperado Gervásio Alflen utiliza um sistema de baias que ficam suspensas a uma altura de 25 centímetros do chão. As grades de proteção dos leitões evitam que as matrizes esmaguem as crias, que ficam sobre um piso de plástico pastilhado. Abaixo, há uma lamina de aproximadamente 20 centímetros de água, onde ficam depositadas as fezes e urinas. A água é trocada há cada 28 dias, que é o prazo para a transferência dos leitões para a creche.

Este novo sistema também auxilia na redução dos odores na granja, além de diminuir as moscas. Assim, o ambiente está sempre limpo, o que contribui para que os animais sofram menos com doenças como a diarréia, por exemplo, que é um dos principais problemas dos leitões, destaca o médico veterinário Rogério Ernesto da Silva, do Detec da Coamo em Manoel Ribas. Ele diz que também houve sensível melhora no índice de desinfecção da granja e até as porcas foram beneficiadas. Hoje as matrizes têm menos problemas infecções dos cascos e os casos de artrite em leitões praticamente foram eliminados, acrescenta.

A granja de Alflen abriga 70 matrizes. A produção média mensal é de 120 leitões. A suinocultura, na propriedade do cooperado, representa 40% do faturamento anual, sem contar o aproveitamento da mão-de-obra familiar e o giro rápido de dinheiro na propriedade.

Tirando os custos, o ganho do criador pode chegar a 30%, o que dependendo do valor do quilo do suíno vivo no mercado pode representar um excelente negócio. É por isso que temos que otimizar ao máximo o nosso sistema de produção, porque o que deixamos de perder estamos, na verdade, ganhando, completa o cooperado. Para um produtor pequeno como eu, que trabalha sobre 13 alqueires, a diversificação é a melhor saída para ampliar a renda da família, conclui.