“O uso de antibióticos melhoram a saúde animal. Esta melhora dentro da produção pode melhorar substancialmente a saúde humana”. Esta é a conclusão de um especialista que expôs um trabalho durante um congresso nos Estados Unidos sobre o uso de antibióticos na produção animal e a resistência aos mesmos por seres humanos.
No estudo “A resistência humana à medicamentos”, Randal Singer, professor de Epidemiologia da Universidade de Minnesota, que por 12 anos estudou o uso de antibióticos e a resitência humana aos medicamentos, reiterou o que vários grupos têm afirmado repetidamente sobre o uso de antibióticos na ração animal: “A melhor maneira de gerenciar o uso de antibióticos na produção animal é através de políticas racionais, baseadas na ciência”.
Durante o evento americano, oponentes da produção pecuária moderna, no entanto, citaram a teoria de que o uso de antibióticos na ração animal provoca um aumento na resistência dos antibióticos em seres humanos e, portanto, o uso de antibióticos na produção animal deve ser restrita. Vários grupos acreditam que o uso de antibióticos em suínos, aves e bovinos para prevenção ou controle de doenças e/ou melhorar a eficiência alimentar e ganho de peso deveria ser banido. Muitos deles linkaram uma série de estudos sobre o tema e citaram os resultados de uma proibição do uso de antibióticos e promotores de crescimento em 1998 na Dinamarca, .
“Mas”, declarou Singer, “a remoção dos promotores de crescimento na ração animal da Dinamarc, resultou em uma crescente dependência de doses terapêuticas de antibióticos importantes para tratar os animais doentes”.
Em abril, os cientistas de diversos Centros de Controle de Doenças e Prevenção dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos declararam que não há nenhum estudo científico que liga o uso de antibióticos na ração animal com resistência a antibióticos em seres humanos. As informações são do site internacional World Poultry.