Redação SI (28/06/06)- Nos próximos anos, o mercado global de emissões de carbono deve ser equivalente a US$100 bilhões, segundo o Banco de Desenvolvimento da Ásia (ADB – Asian Development Bank).
Esta prospecção será apoiada por atualidades científicas recentes, como: mudanças climáticas, entrada em vigor do Protocolo de Kyoto e o esquema de comércio de emissões da União Européia (EU ETS – EU Emissions Trading Scheme), disse o ADB em uma relatório publicado hoje (segunda-feira).
Grupos industriais da União Européia, Japão e outros países continuam a requerer créditos de carbono, evitando penalidades sobre os níveis de emissão de gases do efeito estufa, segundo o relatório.
Somente na UE, estas penalidades devem equivaler a 100 euros por tonelada de dióxido de carbono durante o período 2008-2012, prevê o relatório. Os grupos industriais podem comprar créditos de carbono proveniente de países em desenvolvimento, os quais reduziram as suas emissões mais que o necessário, adicionou. Este sistema de comércio assegura reduções de emissão com um custo financeiro menor.
Entretanto, este mercado está longe de alcançar o seu potencial, por causa de lacunas financeiras e técnicas entre compradores e vendedores, disse o relatório. As lacunas financeiras do mercado de carbono podem ser preenchidas através do estabelecimento e gerenciamento de um fundo de carbono, disse o Diretor Geral do Departamento de Desenvolvimento Regional e Sustentável do ADB, Bindu Lahani.
O ADB está propondo o estabelecimento de uma Iniciativa de Mercado de Carbono (CMI – Carbon Market Initiative) para atender tais necessidades. Potenciais parceiros estão sob consulta, com o objetivo de lançar o CMI no ano que vem, disse o relatório.