Redação (29/05/06) – A metodologia inédita consiste no uso de tabelas de fácil análise, que determinam a quantidade de calor presente no ambiente e o nível de estresse térmico a que os frangos estão submetidos. O estudo foi desenvolvido por pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Ambiência (NUPEA) da Esalq/USP em Piracicaba-SP, e todo o material elaborado, incluindo um tutorial explicativo, está disponibilizado gratuitamente para download no site do NUPEA. Confira no link http://www.nupea.esalq.usp.br/tabela.htm
A nova metodologia é composta por seis tabelas, que mostram os valores de temperatura e umidade relativa do ar mais freqüentemente encontrados dentro de um aviário, desde a primeira até a sexta semana de vida do frango. A função das tabelas é ajudar o produtor a identificar o índice de entalpia, ou seja, a combinação dos valores de temperatura e umidade que quantificam o calor presente no ambiente e o nível de conforto térmico dos frangos.
O grande diferencial é que ao determinar esse índice será possível analisar, por meio de cores diferentes, se o valor encontrado esta dentro do limite ideal (conforto), crítico ou letal. E o tutorial explicativo detalhará como utilizar corretamente as tabelas, visando otimizar seu uso e viabilizar ações rápidas de correção do ambiente interno. “O ideal é que o produtor utilize a tabela preventivamente, ou seja, com o intuito de evitar que a ave entre em estresse térmico” afirma um dos autores do trabalho, o doutorando e Engenheiro Agrícola José Antônio Delfino Barbosa Filho.
Como utilizá-la: antes e depois
A nova metodologia se estende às pequenas, médias e grandes propriedades avícolas. O importante é que antes de utilizá-la o
produtor meça corretamente a temperatura e a umidade interna dos galpões através de aparelhos usuais, como o termômetro e o
psicrômetro, ou então através de um termohigrômetro digital, que possibilita medir as duas variáveis ambientais automaticamente.
Seguindo essas etapas as tabelas podem ser usadas diariamente ou assim que o produtor notar alguma mudança de comportamento nas aves.
“A recomendação é de que se faça pelo menos três leituras ao longo do dia, uma de manhã, outra no meio do dia e uma no final da tarde, com estes três valores é possível ter uma idéia do comportamento das variáveis ambientais ao longo do dia”, esclarece o doutorando José Antônio D. B. Filho.
O trabalho é fruto de um conjunto de pesquisas na área de ambiência animal já realizadas pelo NUPEA. Desde 1991, o Núcleo estuda as características dos sistemas de exploração de aves, suínos e bovinos e a relação entre o ambiente interno e externo da produção com as variáveis climáticas, as repostas fisiológicas e produtivas, o comportamento e bem-estar animal e suas inter-relações. Os pesquisadores do NUPEA estarão disponíveis para a prestação de consultorias, esclarecimento de dúvidas e treinamento de pessoal. O e-mail para contato é [email protected] ou 19-3429.4217 ramal 237.