Redação SI (22/05/06)- Apesar de ser um dos países mais competitivos no cenário mundial da suinocultura, o Brasil é o quarto no ranking de exportação da carne suína, ficando atrás de Europa, Canadá e Estados Unidos. Diante dessa realidade e do fato de a carne suína ser a mais consumida em todo o mundo, produtores brasileiros vêm adotando comportamento semelhante ao dos principais exportadores, seja na modernização da criação ou na profissionalização da área. O objetivo é aproveitar melhor todo o potencial de crescimento que o País tem nesse segmento.
Esse avanço, no entanto, exige do criador controle de custos, melhoria da qualidade da carne e adequação aos requisitos exigidos pelo mercado internacional, principalmente no que diz respeito à sanidade animal. Foi pensando nisso que a Divisão de Saúde Animal da Pfizer criou o Plano Sanitário Integrado. Trata-se de uma ferramenta que ajuda o produtor a entender com mais clareza a dinâmica das doenças que afetam o rebanho, de uma maneira global, bem como a maneira de controlá-las adequadamente.
O plano orienta o uso combinado de medicamentos antibióticos e vacinas nas diferentes fases da criação (maternidade, creche, crescimento e terminação), sempre com foco em produtividade do negócio. Isso significa que a intervenção estratégica para prevenir e controlar uma ou mais doenças, quando feita no momento certo, resulta em diminuição, por exemplo, da chamada variabilidade (diferença no peso dos animais de um mesmo rebanho). A presença de doenças na criação é a principal causa da variação no peso dos suínos. Quanto maior a variabilidade do rebanho, menor a qualidade da carne, explica Ângelo Melo, gerente da Unidade de Negócios Suínos e Aves da Divisão de Saúde Animal da Pfizer. Vale lembrar ainda que para garantir os resultados de todo esse controle é preciso fazer monitorias, ou seja, identificar os pontos onde é preciso maximizar ou adaptar as medidas preventivas, profiláticas e de limpeza.
As doenças respiratórias estão entre as mais prevalentes nas criações de suínos. Causadas por uma série de fatores infecciosos, ambientais, de manejo e até genéticos , essas doenças provocam perdas substanciais à indústria. O prejuízo é calculado com base na soma de mortalidade, diminuição do ganho de peso, piora da conversão alimentar, aumento nos gastos com medicações, entre outros.
Outro problema comum no plantel são as doenças intestinais, que também estão relacionadas a vários fatores. Dificilmente há apenas um agente envolvido. Sua prevalência afeta diretamente a rentabilidade da produção de suínos, pois reduz o ganho de peso do animal e a uniformidade do lote.
Simpósios
O lançamento do Plano Sanitário Integrado será feito em junho, quando acontecerão simpósios em diversas cidades do País, como Uberlândia, Belo Horizonte, Campinas, Toledo, Chapecó e Bento Gonçalves. Além de dar informações sobre o funcionamento do protocolo, especialistas vão discutir qual o impacto da nova legislação para a produção de suínos, tendo como base a realidade local.
A Divisão também vai apresentar durante os simpósios um software, criado especialmente para os produtores. Trata-se de uma ferramenta que vai auxiliar o criador a registrar informação sanitária dos animais, estimar o orçamento anual e medir o retorno financeiro do plano.