Redação (18/12/2007)- O porco bísaro acaba de ser reconhecido pela Comissão Européia como um produto DOP – Denominação de Origem Protegida. Este produto foi um dos dez que recebeu a nova denominação de Bruxelas, juntando-se assim à lista de 800 produtos que já beneficiam desta proteção. Este processo de candidatura já se arrastava desde 2001, mas a ANCUSB – Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara – já aguardava pela proteção comunitária.
Agora com a DOP, vai ser mais fácil a preservação da raça autóctone porque pode alargar a oferta de produtos resultante do porco, para além do fumeiro. Podem ser certificados dois tipos de carne: "uma delas é o leitão que tem carcaças de 10 a 12 quilos, que tem uma excelente procura porque tem características ótimas para assar" refere Carla Alves, da ANCSUB.
Por outro lado, "a carne fresca de carcaças a partir de 60 quilos, são animais bem diferentes dos utilizados para o fumeiro que têm cerca de 150 quilos". Segundo a ANCSUB, na próxima edição da Feira do Fumeiro de Vinhais já será possível conhecer os primeiros resultados da DOP através da comercialização dos novos produtos. "Esperamos que a partir de agora os nossos produtores encontrem um mecanismo para comercializar a carne de bísaro e na Feira do Fumeiro já devemos encontrar esta carne à venda" refere Carla Alves.
A associação de criadores de suínos de raça bisara acredita ainda que a atribuição da Denominação de Origem Protegida pode fazer aumentar o efetivo. "O objetivo é exatamente esse, que através da valorização da carne se consiga aumentar o efetivo e até mesmo de explorações para que no futuro esta raça tenha outra expressão".
Atualmente existem no conselho de Vinhais cerca de 70 criadores de suínos de raça bísara.