Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Seab proíbe a entrada de aves no Paraná

<p>A norma foi assinada, em Maringá, pelo Secretário Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), Newton Pohl Ribas</p>

Redação AI (15/09/06)- O Paraná vai proibir a entrada de aves de descarte de produção e reprodução vindas de outros Estados. A norma foi assinada, em Maringá, pelo Secretário Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), Newton Pohl Ribas. A resolução disciplina o trânsito de aves, produtos e subprodutos, resíduos de criatórios, incubatórios e abatedouros. A Seab quer evitar que animais contaminados com alguma doença causem prejuízo ao mercado aviário.

A assinatura da norma vem de encontro ao Programa Nacional de Sanidade Avícola, regulamentado pelo Governo Federal no primeiro semestre. Segundo o secretário, a proibição vai proteger os criadores do Estado e evitar a proliferação de doenças. “”É importante lembrar que a proibição também não atinge as aves de Estados que possuem a mesma eficiência na execução de suas atividades de defesa sanitária, que o Paraná possui. Essas aves ainda precisam estar acompanhadas de Guia de Trânsito Animal (GTA)””, explica o secretário.

Comércio

Quanto ao comércio de aves vivas dentro do Paraná, apenas será permitida a venda de aves procedentes de estabelecimentos certificados. O documento ainda proíbe a venda ambulante de quaisquer aves no Estado.

Entre as proibições definidas na resolução, está a entrada de esterco de aves ou cama de aviário, bem como, de vísceras, penas e resíduos de incubatório ou abatedouro no Paraná. Caso ocorra a entrada de um desses produtos e subprodutos, poderá haver a destruição da carga ou o seu retorno à origem.

O presidente do Sindiavipar e vice-presidente da Região Sul da União Brasileira de Avicultura (UBA), Domingos Martins, afirma que a proibição é muito importante e vinha sendo aguardada há tempos. Para ele, os mercados precisam ver o Brasil de forma regionalizada. “”Não podemos correr o risco que um problema identificado no Nordeste, por exemplo, gere prejuízos aqui””, observa.

Segundo Martins, a exportação de frango vem crescendo ano após ano e o Brasil já ultrapassou a União Européia, perdendo apenas para China e EUA. Ele afirma que o produto brasileiro ganha em preço e qualidade dos concorrentes, o único problema tem sido as barreiras comerciais.

“”O Egito tinha altas taxas de importação. Essas barreiras caíram esse ano e conseguimos vender para eles. Sem as barreiras, estaríamos vendendo para todo mundo””, argumenta. No mês de agosto, o Paraná superou Santa Catarina no volume de exportações e comercializou US$ 104 milhões, quase o dobro do valor conseguido em julho, de US$ 57 milhões.

Conforme Martins, o crescimento ocorreu porque os estoques mundiais caíram e os países do Hemisfério Norte estão se preparando para o inverno.