Redação (19/12/2007)- O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, e lideranças do setor avícola gaúcho buscarão informações no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta quarta-feira (19), sobre os critérios de classificação de risco de contaminação de aves, prevista pelo Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle de Newcastle, que deu conceito C ao Rio Grande do Sul. Às 14h, a comitiva reúne-se com o secretário-executivo do Mapa, Inácio Krotz.
"Queremos entender os critérios de classificação estabelecidos pelo ministério. Para nós, o processo não ficou claro o suficiente", afirma o secretário. Machado diz que, inicialmente, quer conhecer a metodologia utilizada para definir a divisão dos estados em diferentes categorias. " Dependendo do que vamos ouvir, podemos sugerir um encontro entre os técnicos da secretaria e do ministério para uma compreensão mais exata da realidade", comenta.
O secretário não entende a razão de Santa Catarina, que somou 51 pontos, ter recebido conceito B, enquanto o Rio Grande do Sul, com 50 pontos, integrar o bloco de estados com conceito C. "No mesmo nível que nós, há estados com quase 20 pontos a menos", relata. "Queremos saber por que não podemos estar ao lado dos catarinenses, com pontuação muito próxima a nossa, e por que estamos no mesmo estádio de estados com pontuação tão afastada", explica.
Às 16h, Machado terá uma audiência com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, acompanhado das lideranças do setor avícola estadual. "Dependendo do encontro técnico que teremos com o secretário-executivo do Mapa, vamos fazer algumas considerações ao ministro", antecipa o secretário. Não está descartado o pedido de revisão do conceito C atribuído ao Rio Grande do Sul. "No mínimo, queremos saber exatamente o que precisamos fazer para ficar com a melhor conceituação do ministério", acrescenta Machado.
Saiba mais
– Em todo o país, 21 estados aderiram ao projeto e foram auditados pela equipe do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). Cada área só poderá vender produtos para zonas com classificação equivalente ou inferior a sua. Nenhuma das unidades da federação auditadas recebeu a nota A, que aponta maior eficiência e autorização para comercialização em todo país.
– Santa Catarina é o estado melhor posicionado, com conceito B, ou seja, considerados funcionais, porém também precisam do auxílio do Mapa na condução de ações sanitárias. O conceito C, em que está hoje o RS, inclui regiões de nível intermediário, que necessitam da coordenação do Mapa na condução de alguns procedimentos sanitários. O D aponta a necessidade de estruturação e de desenvolvimento de medidas pontuais para realização da vigilância às doenças.