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Seminário Internacional sobre o Mercado de Créditos de Carbono

<p>O objetivo foi informar e capacitar os profissionais de pequenas e médias indústrias, de como podem fazer da sustentabilidade um grande diferencial competitivo e lucrar com o mercado de créditos de carbono.</p>

Redação (04/10/06)- O seminário Internacional sobre o Mercado de Créditos de Carbono, aconteceu nos dias 25 e 26 de setembro, no Hotel Tryp Higienópolis, em São Paulo. O evento organizado pela revista Meio Ambiente Industrial e realizado pela Ambientepress Comunicação Ambiental e o Brazilian Carbon Bureau, teve como objetivo informar e capacitar os profissionais de pequenas e médias indústrias, de como podem fazer da sustentabilidade um grande diferencial competitivo e lucrar com o mercado de créditos de carbono, segmento que movimenta atualmente, em todo o mundo, cerca de US$ 5 bilhões. Segundo estimativas de analistas que acompanham o setor, o Brasil representa de 10% a 20% deste volume.

Em vista das oportunidades de geração de negócios que se vislumbram nessa área através dos MDLs, o evento contou com a participação de especialistas que apresentaram, passo a passo, as vantagens competitivas, os benefícios e as perspectivas que as indústrias podem obter no Mercado de Carbono.

Dividido em três partes, no primeiro painel foram apresentados e discutidos os conceitos sobre a evolução do Protocolo de Kyoto e a situação atual da MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo no mundo e, principalmente, o posicionamento do Brasil como agente fomentador de oportunidades, para novos negócios. Ainda dentro deste painel foram apresentados os passos para obter a validação desses projetos.

A Segunda parte foi dedicada à apresentação de projetos de MDL, já, consolidados no Brasil. Cada projeto foi apresentado desde a elaboração até a fase atual do trabalho, além dos resultados e próximas etapas. Os palestrantes foram unânimes em afirmar que a grande maioria de projetos de MDL são voltados à geração de energia. Como exemplo Priscila Zidan, coordenadora de meio ambiente da CTR Central de Tratamento de Resíduos de Nova Iguaçu S/A Paulista, falou da atuação da CTR destacando o projeto Nova Gerar, o qual transformou um lixão, no Rio de Janeiro, em aterro sanitário e realiza a captura e a utilização do biogás para gerar energia elétrica. Na seqüência, a Implementação jurídica do Protocolo de Kyoto e o contrato de compra e venda de créditos de carbono (estruturação, complexidade, definições, natureza jurídica entre as partes envolvidas) foram os temas proferidos por Flávia Frangetto, advogada e especialista em Direito Ambiental, que afirmou que os projetos, no contexto jurídico, não podem ser julgados em âmbito geral, cada caso é um caso e deve ser analisado de acordo com as situações apresentadas.

A terceira parte do seminário foi totalmente dedicada à atividades práticas coordenadas pelos palestrantes: Carlos Delpupo, diretor do Instituto Tótum Sustentabilitas, e Marcelo Rocha, da Fábrica Éthica Brasil-Consultoria em Sustentabilidade. Os participantes foram divididos em grupos e cada um assumiu o papel dos setores envolvidos na negociação de créditos de carbono (proponente do projeto, sociedade civil, EOD Entidade Operacional Designada governo, e o comprador).

No final dos trabalhos os participantes ressaltaram a importância da atividade prática aplicada no seminário, que segundo eles contribuiu para a compreensão das discussões da parte teórica. Para os jornalistas que estavam presentes, a simulação também teve um papel fundamental para a compreensão do assunto, que está em alta, nas pautas ambientais.