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Meio Ambiente

Técnicas tratam efluente de abatedouros avícolas

Água residuária do abate de frangos é extremamente poluente e precisa ser tratada com muita cautela para não matar peixes e contaminar rios e córregos.

O abate e processamento de frangos de corte gera toneladas de resíduos que, se não forem tratados, vão poluir rios e córregos e matar toneladas de peixes. O tratamento destes efluentes é extremamente importante não só para a preservação do meio ambiente, mas para a saúde humana e para a economia, já que a poluição causa danos à piscicultura. A água residuária produzida nos abatedouros precisa passar por tratamentos intensos, que devem ser levados à sério e cumpridos segundo a lei.

O especialista Emilio Mouchrek Filho, da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) deu uma palestra ressaltando a relevância do tratamento dos efluentes e esclarecendo características das técnicas de tratamento, durante o Seminário Latino Americano de Abate e Processamento de Frangos de Corte deste ano. O evento aconteceu entre os dias 29 e 31 de março, em Maringá, no Paraná, e foi promovido pela Facta.

“Nós abordamos o tratamento biológico ou microbiológico para reduzir a demanda bioquímica de oxigênio e naturalmente os patógenos existentes nos efluentes. Existem duas técnicas: o sistema de lodos ativados e o chamado sistema australiano, que é a lagoa anaeróbia mais lagoa facultativa. O que a gente pretende com isso é fazer com que a flora bacteriana existente neste meio estabilize a matéria orgânica prejudicial do efluente avícola”,  explica.

O objetivo dos tratamentos é promover a maior redução possível do impacto ambiental gerado pelos resíduos. Como a redução total é quase impossível, as técnicas conseguem diminuir os danos em cerca de 90% e evitam a poluição dos córregos de água.

Mouchrek alerta para a necessidade do produtor de aves ter um consultor especializado que faça a engenharia do processo e indique o melhor tratamento possível para cada caso. Ele alerta que nem sempre o sistema mais caro e sofisticado é o recomendado.

“O tratamento com lagoas em geral é mais barato do que o com lodos ativados. Este último exige uma área menor, o que significa mais gasto com mecanizações. Quando você tem área livre maior, que é o caso do tratamento de lagoas, fica mais fácil de manejar. A técnica de lodos ativados é indicada para regiões com a topografia acidentada e o tratamento em lagoas é mais recomendado para áreas maiores”, ensina.

Os interessados em mais informações sobre os sistemas de tratamento de efluentes dos abatedouros avícolas podem entrar em contato com a Avimig pelo telefone (31) 3482-6403 ou no site www.avimig.com.br.

  Juliana Royo – www.diadecampo.com.br