Redação SI 09/12/2002 – O porco fez regime e virou suíno. Com este sugestivo slogan a Acrismat bate insistentemente na tecla da massificação para mudar hábitos alimentares a ampliar seu mercado em Mato Grosso.
O presidente da Acrismat, Raulino Teixeira Machado, sustenta que após anos de pesquisa internacional a evolução genética permitiu diminuir a gordura da carne suína em 31%, o colesterol em 10%, as calorias em 14% e paralelamente a isso propiciou o aumento a carne magra em 20%.
Hoje, muitos fazem da suinocultura seu ganha-pão honrado. É assim com o administrador de empresas e técnico agrícola Itamar Antonio Canossa, 24, que recentemente trocou Santa Catarina por Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), onde implantou uma granja suína com 250 matrizes que garante o sustento de sua família e de seus dois funcionários.
Itamar adota o processo de inseminação, onde um reprodutor enxerta 200 matrizes, ao contrário da monta natural, onde a cobertura é 10 vezes menor. Uma coisa que anima o criador é o poder de conversibilidade alimentar. Para cada 300 km de ração o animal produz 100 km de carne, na base de três por um, explica o suinocultor.
A média da engorda dos suínos de granja é de 100 dias, com os animais chegando ao abate com 100, 120 kg. Tomando-se 110 km por peso médio e o mercado estável de R$ 1,50 por quilo-vivo, cada cabeça deixa R$ 165 no bolso de Itamar e dos outros 69 suinocultores associados da Acrismat.
Para quem produz milheto e o sorgo que são culturas rotacionais – que garantem boa parte da base da ração da porcada, por mais que o dólar puxe a soja e o milho para cima, ainda assim granja suína é bom negócio em Mato Grosso, independentemente do choro que caracteriza seus donos e os primeiros momentos da viagem dos animais para o frigorífico.