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ECONOMIA

2023 registra crescimento no setor agroindustrial

Aumento foi de 0,8%, diz FGV Agro; com expansão de 3,2%, segmento de alimentos e bebidas puxou alta geral

2023 registra crescimento no setor agroindustrial

A produção da agroindústria nacional aumentou em 0,8% ao final de 2023, de acordo com o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro). Esse crescimento foi sustentado pelo desempenho positivo do indicador em dezembro, com um avanço de 1,7% em relação ao mesmo mês de 2022. Esta foi a quinta elevação mensal consecutiva do índice.

Os analistas do FGV Agro observaram, em comunicado, que o crescimento das agroindústrias em 2023 foi moderado, porém notavelmente melhor do que o da indústria de transformação, que registrou uma contração de 1% no ano passado.

O setor de alimentos e bebidas foi o principal impulsionador do crescimento da produção agroindustrial em 2023, com um aumento de 3,2%, enquanto a fabricação de produtos não alimentícios caiu 2,3%.

O índice de produção de alimentos e bebidas subiu 1,4% em dezembro em comparação com o mesmo período de 2022. Ao longo de todo o ano passado, esse segmento registrou crescimento em quase todos os meses, exceto em fevereiro.

Entre os alimentos e bebidas, os produtos de origem vegetal apresentaram o maior crescimento no ano passado, com um aumento de 7,3%, sendo o segundo mais alto desde o início da série histórica do indicador em 2003. O recorde permanece em 2009, quando o crescimento foi de 8,1%.

Os produtos do refino de açúcar se destacaram em 2023, de acordo com os pesquisadores, que também citaram conservas, sucos, óleos, gorduras e café como principais responsáveis pelo aumento geral do PIMAgro. Por outro lado, a produção de alimentos de origem animal cresceu 2,7%, impulsionada pelo desempenho das proteínas animais, especialmente as bovinas.

Os produtos não alimentícios cresceram 2,1% em dezembro, porém registraram uma queda ao longo de 2023 devido à retração nos insumos agropecuários (-11,5%), produtos florestais (-3%) e produtos têxteis (-3%).