Como toda história grandiosa, essa também começa sem muitas pretensões. Na década de 60, Cafelândia era uma pequena vila, praticamente anônima e incomunicável, cercada pela mata nativa que os colonos da região ainda não haviam extraído.
Como a exploração das terras era basicamente para as culturas do milho, feijão, arroz e a criação de suínos, faltavam oportunidades de comercialização e os agricultores ficavam sempre limitados à procura única de poucos comerciantes que circulavam pela região.
Percebendo essa dificuldade, o padre Luis Luise, que foi quem deu o primeiro passo para se chegar à Copacol que existe hoje, promoveu uma reunião com um grupo de 32 agricultores no dia 23 de outubro de 1963 e apresentou à eles o que seria a melhor alternativa para o desenvolvimento econômico das famílias e da região. Na mesma hora, todos aprovaram a ideia de fundar uma cooperativa que defendesse os interesses dos agricultores.
Logo após a fundação, a cooperativa construiu uma usina às margens do Rio Jesuítas, mas seis anos depois, decidiu focar apenas no fortalecimento da atividade agrícola e assinou um acordo com a Copel, para que a estatal assumisse a produção de energia.
No início da década de 80, as atividades agrícolas começaram a ser diversificadas com a avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e, mais recentemente, a piscicultura.
Hoje, com a participação de 7,6 mil colaboradores e cinco mil associados, a Copacol tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social das cidades em que atua na região Oeste do Paraná. Somadas todas as famílias de associados e colaboradores, fornecedores e parceiros, são mais de 50 mil pessoas que tem na cooperativa a principal fonte de renda na região.
Esta é a realidade de municípios como Cafelândia, Nova Aurora, Jesuítas, Formosa do Oeste e Goioerê, onde a Copacol se tornou a principal empresa geradora de empregos e tributos para o desenvolvimento integrado.
Destaque para a avicultura
Todo mundo sabe que o principal negócio da Copacol é a avicultura. Ela representa 58% do faturamento da cooperativa e engloba 825 associados integrados em 1057 aviários. Por dia, 340 mil aves são abatidas, número que vai aumentar este ano. Em parceria com a Coagru, a Copacol inaugurou em junho o Abatedouro de Aves da Unitá Cooperativa Central, que nesta fase inicial está com abate diário de 70 mil aves. Para 2017 a previsão é que a Central abata 350 mil aves por dia.
A projeção é de que, juntas, Copacol e Unitá possam abater até o ano de 2017 700 mil cabeças de frangos. De toda a produção da Copacol, cerca de 40% vai para mais de 40 países, sendo o Japão e a China os maiores compradores.
Incluindo as mais de mil famílias beneficiadas diretamente no campo e os mais de quatro mil colaboradores que atuam de forma direta na industrialização das aves, são mais de cinco mil pessoas que têm na avicultura suas fontes de renda.
A evolução da agricultura
A Copacol atua em uma área que abrange seis municípios e juntos eles somam mais de 150 mil hectares de terras cultiváveis. Todo esse potencial agrícola não foi desperdiçado pela cooperativa, pelo contrário. Os cinco mil cooperados se destacam na produção da soja no verão e no plantio do milho no inverno. Com isso, a produção média de grãos recebida este ano chega a 15 milhões de sacas, o que representa o maior volume até o momento na história da cooperativa!
E produtividade maior é sinônimo de mais renda às famílias. Claro que sem o empenho dos produtores rurais isso não seria possível, mas as novas tecnologias também dão uma mãozinha. Para promover e incentivar a produção, a Copacol realiza experimentos na Estação Experimental e promove vários eventos como dias de campo, que visam aumentar a produtividade. Até agora, tem dado certo!
A produção agrícola brasileira de soja nos últimos anos se consolida como uma das maiores do mundo e só o Paraná responde por 21,5% do milho e 19,5% da soja produzida no país.
Suinocultura em crescimento
O Brasil é atualmente o quarto maior produtor de suínos do mundo e sua produção cresce constantemente. Para os próximos anos, segundo projeções do Ministério da Agricultura, o crescimento do país será de 1,9% ao ano, um valor elevado que vai atender o consumo doméstico e as exportações.
Internamente, o Paraná é um dos maiores produtores do país, sendo que no ano de 2012 produziu mais de 680 mil toneladas da carne, que representou 19,4% da produção brasileira. E a Copacol, que atua na suinocultura desde a década de 1980, faz parte destes números. Atualmente, a cooperativa conta com 120 produtores integrados e entrega mensalmente à Cooperativa Central Frimesa, 18 mil suínos para serem industrializados.
As projeções para 2016, porém, dizem que os números vão aumentar, oportunizando que 50 novos produtores possam se integrar e a produção suba para 25 mil suínos/mês. Para viabilizar isso, a empresa conta com duas Unidades Produtoras de Leitões (UPLs), uma no distrito de Carajá (município de Jesuítas) e outra em Formosa do Oeste. Juntas elas têm a capacidade de produzir 8.400 mil leitões com alta genética, que depois seguem para as pocilgas dos produtores terminadores para serem engordados e entregues à Frimesa. No ano que vem, mais uma UPL será construída, dessa vez no distrito de Central Santa Cruz, em Cafelândia.
Bovinocultura de leite
A produção brasileira de leite em 2012 foi de 32 bilhões de litros. A Copacol produz anualmente 10 milhões de litros e, para 2016, o objetivo é aumentar a produção em cinco milhões de litros. Para tanto, o número de bovinocultores integrados, que hoje é de 145, deverá chegar a 225, com a entrada de 80 novos produtores.
Com objetivo de auxiliar os produtores na criação das bezerras, em 2010 foi inaugurada a Unidade Produtora de Bezerras e Novilhas (UPBN). Os animais chegam com apenas 15 dias e ficam até os 22 meses na estrutura. No local eles recebem nutrição de qualidade e uma série de imunizações, sendo que a novilha volta para a propriedade já prenha, pois na UPBN os veterinários realizam inseminação com sêmen sexado, que aumenta em 85% a probabilidade do filhote nascer fêmea e assim proporcionar um aumento mais rápido do rebanho e da produção de leite.
Para os próximos anos, a Copacol vai investir R$ 1 milhão neste setor e duplicar o espaço da UPBN, ampliando a capacidade de 300 para 600 animais.
A nova aposta: piscicultura
Os investimentos realizados na piscicultura fizeram da Copacol o único sistema integrado do Brasil na produção de tilápia, hoje uma referência no setor.
A integração começou em 2008 com a inauguração do Abatedouro de Peixes, na cidade de Nova Aurora, que conta atualmente com 180 produtores associados tendo o papel exclusivo de produzir o peixe, enquanto a Copacol lhes fornece rações, assistência técnica, despesca, transporte, abate e a comercialização da produção.
No ano de 2013, serão abatidas 9.300 toneladas de tilápia, o que corresponde a um abate médio de 31 toneladas por dia. O planejamento estratégico da cooperativa prevê um abate diário de 60 toneladas por dia em 2017, o que representa um crescimento de praticamente 100% em relação aos volumes atuais.
Para 2014 será construída uma Unidade de Produção de Alevinos que proporcionará maior segurança, qualidade e melhoria genética com a produção própria dos alevinos. O investimento será de R$ 5 milhões.
Unidade Industrial de Soja
Com um investimento de R$ 80 milhões, a Copacol inaugurou em 2012 a Unidade Industrial de Soja, que tem capacidade de industrializar 1.800 toneladas do cereal por dia. O empreendimento atende toda a produção das atividades da avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e piscicultura, com o fornecimento de farelo para a produção das rações. Em momentos de crise, como foi o ano passado, em que o preço da ração estava nas alturas e fez com que muitas empresas e produtores fechassem suas portas, a Copacol permaneceu totalmente sólida e intacta. O que contribuiu para isso foi que toda a produção agrícola dos associados é industrializada na cooperativa, o que fez com que o custo com a ração não influenciasse negativamente para o produtor. Em 2013, as projeções são de industrializar 370 mil toneladas de soja na estrutura localizada em Cafelândia.
Investimentos
No cenário nacional, o agronegócio enfrenta vários desafios, principalmente quando se trata de armazenagem de grãos. Diante do constante aumento de produtividade que tem se observado ano após ano, a Copacol vai investir R$ 150 milhões até 2015 em todas as 11 unidades de recebimento e armazenagem de grãos.
A proposta é desafogar o fluxo de recebimento de grãos no pico da colheita oportunizando aos produtores mais agilidade para colher e entregar a produção.
Além de ampliar a estrutura nas unidades, será construída em Nova Aurora uma nova unidade de recebimento e armazenagem de cereais, para facilitar ainda mais esse processo.
Nova Fábrica de Ração
O pioneirismo da Copacol no segmento das aves de corte e a forma integrada de atuar junto aos associados fazem da cooperativa referência na avicultura brasileira.
Diante do constante crescimento da atividade e forte demanda na cadeia produtiva, a Copacol está promovendo grandes investimentos que primam por mais qualidade e sustentabilidade no processo produtivo.
Está em andamento a construção do Incubatório na cidade de Goioerê, com investimentos na ordem de R$ 50 milhões, enquanto em Jesuítas será inaugurada em novembro a nova Fábrica de Ração, na qual a Cooperativa investiu R$ 60 milhões. Em Moreira Sales, com recursos de R$ 45 milhões, está em construção um Matrizeiro para recria.
Com estes investimentos a Copacol oportuniza aos produtores cooperados condições de participar da produção de ovos férteis, através de investimentos em matrizeiros particulares.