De acordo com a Estatística da Produção Pecuária, divulgada hoje (18) pelo IBGE o abate de frangos cresceu 3,3% e chegou a 6 bilhões de cabeças, novo recorde da série histórica. Comparando os meses de 2020 e 2019, houve reduções em maio (menos 29 milhões de cabeças) e agosto (menos 177 mil cabeças). Entre as altas, destaque para março (mais 61,7 milhões de cabeças) e dezembro (mais 53,2 milhões de cabeças).
A pesquisa mostra que no 4º trimestre de 2020 foram abatidas 1,6 bilhão de cabeças de frangos, novo recorde para a série histórica (1997) em todos os trimestres e um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2019 e de 2,6% na comparação com o trimestre anterior.
“É uma carne com valor mais acessível do que as demais. Como não houve destaque de exportação, podemos considerar que boa parte desse aumento no abate foi destinado ao consumo interno”, diz o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi..
Entre os 25 estados catalogados pela pesquisa, houve aumento no abate de frango em 18, com destaque para o Paraná (mais 115,5 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (mais 21,8 milhões de cabeças), Minas Gerais (mais 19,5 milhões de cabeças), São Paulo (mais 16,8 milhões de cabeças), Goiás (mais 8,6 milhões de cabeças), Bahia (mais 7,9 milhões de cabeças), Pernambuco (mais 5,9 milhões de cabeças), Santa Catarina (mais 2,7 milhões de cabeças) e Rio Grande do Sul (mais 1,4 milhões de cabeças). As principais quedas ocorreram em Mato Grosso (menos 11,1 milhões de cabeças) e no Pará (menos 5,6 milhões de cabeças). Com isso, o Paraná continuou liderando amplamente a lista de estados que mais abateram frangos em 2020, com 33,4% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,7%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (13,6%).
Produção de ovos cresce 3% e atinge nível recorde
A pesquisa também mostra que a produção de ovos de galinha totalizou 3,96 bilhões de dúzias em 2020, alta de 3% em relação a 2019, influenciada pelo aumento do consumo do produto em meio à recessão instaurada por conta da pandemia, como explica Viscardi. “Trata-se de uma proteína de valor mais acessível em comparação às carnes. Por outro lado, houve incremento significativo nos custos de produção do setor”, afirma.