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Paraná

Abates de frango caem 23,5% devido a greve dos caminhoneiros

Após paralisação de 10 dias em maio, indústrias trabalham em horários especiais para recuperar desempenho ao longo de junho

Abates de frango caem 23,5% devido a greve dos caminhoneiros

Em maio, o Paraná registrou queda de 23,5% nos abates de frango em comparação ao mesmo período de 2017. Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), ao longo do mês, 119,9 milhões de cabeças de frango foram abatidas no estado. No ano passado, o volume chegou a 157 milhões de cabeças. Os índices de produção foram impactados principalmente pela greve dos caminhoneiros, que interrompeu a operação das indústrias avícolas – total ou parcialmente – durante dez dias.

Sem transporte para ração das aves até o campo e para retirada dos pintainhos dos incubatórios, a maioria dos frigoríficos paranaenses precisou suspender as atividades durante a paralisação dos caminhoneiros. “O setor avícola ficou mais de ¼ do mês parado, com os funcionários em férias coletivas e sem ter como produzir. Com esse cenário, o impacto nos números era inevitável”, declara o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins.

Em sua opinião, os impactos poderiam ter sido ainda maiores no Paraná – principal produtor e exportador de carne de frango do país. Durante os dez dias de greve, o Sindiavipar atuou em conjunto com a Defesa Civil, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e as polícias rodoviárias estadual e federal para reduzir perdas. “Focamos nossos esforços na negociação com os caminhoneiros, para liberar cargas vivas e de ração para as aves nas granjas”, completa Martins.

Para retomar o desempenho, as empresas operam em horários especiais, com escalas também nos finais de semana. “Temos que tirar as melhores lições possíveis dessa crise e trabalhar em conjunto para iniciar a recuperação já no mês de junho”, disse, destacando ainda que o momento é de reflexão e planejamento.