Três em cada quatro lares no Brasil consomem carne suína. Em números, isso significa que a carne suína chega a mais 40 milhões de casas, com 75% de penetração na cesta de compras dos consumidores. São mais de 430 milhões de toneladas de carne consumidas ao ano, com um retorno de 5,9 bilhões direto do consumidor.
Este retrato revela que a suinocultura está no caminho certo, mas que também há muito o que ser feito. A carne suína tem o melhor potencial em relação a seus produtos concorrentes, as outras proteínas. A penetração do produto suíno chega a 75,8% dos lares contra 97,7% do frango, por exemplo. Isso mostra uma excelente oportunidade para a cadeia produtiva suinícola.
Para ampliar estes números e explorar todo o potencial da proteína que já é a mais consumida no mundo, a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), iniciativa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), em parceira com o Sistema Sebrae, trabalha com um único objetivo: aumentar a presença da proteína na cesta de consumo do brasileiro.
“A pesquisa apresentada é uma confirmação da validade da nossa causa: a carne suína merece mais reconhecimento, a suinocultura mais visibilidade, assim como toda a cadeia produtiva. E a SNCS é a concretização do nosso esforço e dos nossos parceiros em valorizar a proteína no varejo nacional. Essas ações são financiadas pelo Fundo Nacional Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), ao qual sempre convocamos a toda o setor a participar. ”, pontua o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.
Os dados acima são da pesquisa inédita contratada pela ABCS, realizada pela Kantar WorldPanel, um dos mais respeitados institutos de pesquisas internacionais. A palestra “Tendências de Consumo no Brasil e Oportunidades para o Mercado de Suínos” foi ministrada pela diretora de Desenvolvimento de Negócios da Kantar WorldPanel, Tathiane Frezarin, durante o lançamento da SNCS, no dia 13 de setembro, em São Paulo, com representantes do Sistema ABCS, Sebrae, governo e redes de varejo.
Para o analista da unidade de competitividade do Sebrae Nacional, Gustavo Melo, a importância da pesquisa realizada foi confirmar algumas ideias sobre o grande potencial de consumo da carne suína. “Com a semana, queremos desmistificar preconceitos relacionadas ao seu consumo e nada melhor do que começar pelo varejo brasileiro, focando no seu corpo técnico (açougueiros, nutricionistas, compradores, promotores de venda) uma vez que eles estão em contato com o consumidor no seu dia-dia. Com o aumento desse consumo, o resultado impacta toda uma cadeia produtiva envolvida, ganha o consumidor com uma carne de qualidade, ganha o varejo, frigoríficos, indústria, produtor, uma vez que se aumenta também a comercialização entre os elos” destacou.