A equipe política da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) participou, na última terça-feira (30/03) da primeira reunião online da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2021. Na oportunidade, a equipe técnica da Pasta apresentou o projeto piloto de vacinação contra Peste Suína Clássica (PSC) em Alagoas.
Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, a erradicação e combate da PSC na Zona não Livre (ZnL), partindo de Alagoas é prioridade do sistema ABCS. “Para erradicar a doença vamos ter que combater a circulação viral na Zona não Livre e por isso a necessidade de trabalharmos em conjunto (setor privado, órgãos nacionais e estaduais) para realizar a vacinação” disse.
O chefe da Divisão de Sanidade dos Suídeos do Departamento de Saúde Animal (DSA) do MAPA, Guilherme Zaha Takeda, apresentou as estratégias já debatidas para executar o plano piloto em Alagoas. Takeda explicou que os processos ainda estão sendo discutidos, mas que com o empenho de diversas entidades a execução do Projeto deverá ocorrer em breve. “Nas nossas agendas também discutimos a pandemia, pois hoje, não podemos desconsiderar que além do trabalho técnico que existe na elaboração do Plano, temos também os agravamentos gerados pela COVID-19 e para realizar a vacinação a pandemia está sendo analisada com bastante cautela”.
Lopes reforça que a ABCS é uma das protagonistas, junto de outras instituições, nos debates referente a PSC e a vacinação na ZnL. “A ABCS se comprometeu em auxiliar o Plano Piloto em Alagoas com R$ 300 mil e o recurso foi rateado pelas nossas afiliadas. Sem dúvida que os produtores de suínos estão comprometidos em erradicar a PSC na ZnL”. Já o orçamento da Pasta para o projeto no estado de Alagoas ainda não está definido, mas segundo Takeda em breve deverá sair essa definição.
Além da PSC a agenda da Câmara trouxe também temas prioritários para a suinocultura nacional referente as linhas de custeio para o Plano Safra 2021/2022. O diretor do departamento financeiro e informação da Secretária de Política Agrícola (SPA) do MAPA, Wilson Vaz de Araújo explicou que a ministra Tereza Cristina pretende conseguir um volume maior de recurso para o Plano deste ano, mas que por conta de todas as dificuldades trazidas com a pandemia da Covid-19 ainda não se sabe de quanto será o montante. Vaz lembrou ainda que não há o costume de ter recuo no Plano Safra de um ano para outro.
Na oportunidade a consultora governamental da ABCS, Luciana Lacerda questionou sobre a possibilidade de a linha de retenção de matrizes entrar em vigor no Plano Safra que será lançado este ano. O diretor do departamento da SPA, Wilson Vaz de Araújo disse que a linha vai concorrer com as outras linhas de custeio, mas reforçou que é viável sim, pois a Pasta avalia a necessidade de cada cadeia e o objetivo é auxiliar o produtor a não se desfazer do rebanho. Vaz destacou ainda que o MAPA está trabalhando em algumas medidas para estimular os produtores de grãos a investirem mais no milho, cereal que é essencial na cadeia suinícola.
A consultora da ABCS reforçou que o pleito da retenção de matrizes é prioridade para a suinocultura e desde fevereiro a entidade vem atuando na demanda junto com suas afiliadas. Para o presidente da ABCS o pleito é uma forma de atender aqueles suinocultores que passam por dificuldades em relação a seus custos de produção, que tem sido cada vez mais elevado e se a linha for inserida no Plano Safra 2021/22 pode haver um folego aos suinocultores.
A pauta da Câmara trouxe também temas como mercados interno e externo de carnes, cenário do milho, autocontrole, renovação dos contratos dos médicos veterinários oficiais e outros.