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Carne suína

Abipecs prevê ano melhor para a suinocultura

Exportações de carne suína encerram janeiro com aumento de 3,3% nos volumes e 20% na receita em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo a Abipecs, mercado interno continua firme e desvalorização cambial anima, mas setor ainda precisa de eliminação de impostos para aumentar competitividade.

Em janeiro deste ano, as exportações de carne suína brasileira aumentaram 3,3% em volume (39,06 mil toneladas) e 20,02% em valor (US$ 90, 46 milhões), em relação a janeiro de 2009. No entanto, essa comparação é “insuficiente para fixar previsões com algum tipo de precisão”, afirma Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Ele lembra que janeiro de 2009 foi um mês atípico, “devido ao forte reflexo da crise financeira global”.

“Mesmo assim, é possível dizer que 2010 começa com perspectivas muito melhores do que 2009. O mercado interno continua firme, mesmo neste  período, quando o forte calor e as férias escolares costumam afetar negativamente o consumo de carne suína. O mercado da Rússia também apresenta boa demanda, considerando o período”, resume o presidente da Abipecs.

Segundo ele, “a preocupação permanece com relação à competitividade externa do produto, que encontra dificuldade de comercialização em muitos mercados atendidos pelos países concorrentes. A recente desvalorização cambial representa um ânimo, mas é necessária a adoção de outras medidas pelo governo, em particular a eliminação de impostos indevidos nas exportações”, adverte Camargo Neto.

Em janeiro, o principal mercado da carne suína brasileira foi a Rússia, para onde o Brasil embarcou 20,77 mil toneladas, um crescimento de 41,33% em relação a janeiro de 2009. A receita, de US$ 52,15 milhões, aumentou cerca de 75% em comparação com igual período do ano passado.

Para a Ucrânia, o Brasil vendeu 1,72 mil toneladas e faturou US$ 3,63 milhões, um crescimento de 265% em volume e de 532% em valor. Os principais destinos em janeiro foram Rússia, Hong Kong, Cingapura, Argentina e Angola.