A decisão de Hong Kong de interromper as importações de carnes da Aurora – cooperativa responsável pelos embarques de asa de frango que supostamente continham traços do novo coronavírus – ainda não foi notificada oficialmente à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A entidade aponta que está apoiando a sua associada para a apresentação dos esclarecimentos, com bases técnico-científicas.
“A ABPA também apoiará o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dentro das tratativas com as autoridades de Hong Kong, para que a situação se clarifique e se reestabeleça”, informa, por meio de nota.
A associação brasileira observa que, “como é ressaltado pela própria autoridade sanitária de Hong Kong, que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus”. Esse é o entendimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A ABPA apoiará a busca por soluções no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), já que não se trata de uma decisão tomada com base em critérios científicos”, diz
A associação reafirma, ainda, que o setor exportador brasileiro já adotou todas as medidas para proteção dos trabalhadores e a garantia da inocuidade dos produtos, que foram aprimoradas ao longo dos últimos meses, desde o início da pandemia global.”