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Agroindústrias

Ação da BRF sobe 0,20%

Conselho atendeu ao pedido da empresa e não julgou ontem (15) fusão entre Sadia e Perdigão. Papéis chegaram a liderar Ibovespa.

As ações da Brasil Foods fecharam em alta de 0,20% na Bovespa ontem (15), cotadas em R$ 24,53. Os papéis chegaram a liderar as valorizações do Ibovespa, com ganho de quase 3%, em reação à notícia de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) atendeu ao pedido da BR Foods e não julgou hoje a fusão entre as companhias, que deu origem à empresa em maio de 2009. O Ibovespa caiu 0,97%.

Hoje, a companhia tem recuperação parcial na Bolsa de quedas da semana passada, quando repercutiram voto no mesmo Cade contrário à fusão entre Sadia e Perdigão. Com um voto que durou mais de quatro horas, o conselheiro relator do Cade no caso, Carlos Ragazzo, votou no dia 08 de junho pela reprovação da união das empresas.Do dia 9 até ontem, as ações acumularam queda de 6,38%. No mês, recuam 16,39%.

Cronologia da fusão:

25 de setembro de 2008 – A Sadia, a maior processadora e exportadora de carne do país, anuncia perdas de R$ 760 milhões com operações de derivativos cambiais. A empresa encerra o ano com prejuízo de R$ 2,5 bilhões, o maior em seus 64 anos de história.

Maio de 2009 – Os presidentes da Sadia, Luiz Fernando Furlan, e da Perdigão, Nildemar Secches, antes concorrentes ferrenhos, anunciam a fusão entre as duas empresas e a criação da BRF Brasil Foods.

Setembro de 2009 – É concluída a troca de ações entre as empresas. A Sadia transformou-se em uma subsidiária da Perdigão, que passou se chamar BRF Brasil Foods. As empresas ainda se mantêm como entidades separadas, à espera do julgamento do Cade.

30 de junho de 2010 – Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), ligada aos Ministério da Fazenda, emite parecer em que afirma a fusão “resulta em concentrações significativas em diversos mercados relevantes de oferta de carne in natura e produtos industrializados”. A secretaria recomenda o licenciamento das marcas Perdigão ou Sadia por, no mínimo, cinco anos, além da venda de um conjunto de fábricas e unidades de abate.

Julho de 2010 – A Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, acompanha em seu parecer a avaliação da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae).

Maio de 2011 – Parecer dos procuradores do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomenda fortes restrições ao acordo ou a reprovação do negócio.

08 de Junho de 2011 – Com um voto que durou mais de quatro horas, o conselheiro relator do Cade no caso Sadia-Perdigão, Carlos Ragazzo, votou pela reprovação da união das empresas. Um dos conselheiros pede vistas do processo e o julgamento é suspenso.