De acordo com a Câmara de Comércio do Mercoul, depois de praticamente duas décadas de negociações, o governo brasileiro conseguiu avanço nas negociações, ao lado da Argentina, com a União Europeia. Segundo fonte do governo atual, o anúncio desse acordo virá em até um mês.
A União Europeia (UE) reiterou no dia 13 de maio sua vontade de alcançar um acordo comercial com os países do Mercosul, que tem um novo capítulo esta semana em Buenos Aires. A UE “está comprometida a avançar decididamente na conclusão das negociações sobre acordos de livre-comércio ambiciosos e equilibrados com o Mercosul e o Chile”, afirma uma declaração dos 28 países do bloco.
Há ainda, no entanto, um empecilho a ser contornado: a gritaria dos produtores de vinho argentinos e brasileiros, que resistem bravamente a aceitar um prazo de abertura comercial gradativo de 15 anos.
A conversa geral entre brasileiros e argentinos, membros do Mercosul, com os europeus vem desde 1999, mas teve um período de paralisia entre 2004 e 2010. Num encontro de cúpula do Mercosul em Caracas, em 2014, chegou a ser aprovada uma versão praticamente definitiva do acordo entre as duas partes, da qual resta definir alguns detalhes.
As negociações, que pareciam estar prestes a se materializar nos últimos meses, colidiram com as divergências entre o Brasil e a UE, especialmente em termos de acesso de carne e açúcar aos países da UE e ao setor automotivo.