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Agroindústrias

Agroindústria pede mais prazo para pagar ICMS

Impactadas pela paralisação nas estradas, entidades ligadas à produção ressaltam comprometimento do caixa das empresas.

Agroindústria pede mais prazo para pagar ICMS

Ao reunir representantes de setores da produção diretamente impactados pela paralisação nas estradas, secretários estaduais receberam solicitação que será avaliada pela Fazenda.

Diante do comprometimento do caixa, indústrias sugerem a possibilidade de flexibilização do prazo de pagamento do ICMS.

– Não se tem um montante definido. Foi feito um pedido e ficamos de avaliar. Em um primeiro momento, quem perde é a cadeia produtiva, mas o Estado também será afetado – pondera Ernani Polo, secretário da Agricultura.

Com o objetivo de dar um panorama das dificuldades enfrentadas – que vão da impossibilidade de coleta da matéria-prima ao cumprimento de contratos já fechados –, diretores e presidentes da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Sindicato das Indústrias de Produtos de Suínos (Sips), Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sicadergs) e Sindicato das Indústrias de Latícinios e Produtos Derivados (Sindilat-RS) sentaram-se com os titulares da pasta da Agricultura, Ernani Polo, do Desenvolvimento, Fábio Branco e o secretário-adjunto da Secretaria da Fazenda, Luiz Antônio Bins.

Estimativa preliminar feita pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aponta prejuízo na Região Sul, só para indústrias de suínos e de aves, de cerca de R$ 700 milhões.

– Houve interrupção do fluxo de caixa. As empresas estão com dificuldades – afirma Rogério Kerber, diretor-executivo do Sips.

Nos próximos dias, o setor fará levantamento consolidado das perdas, a partir do preenchinento das guias de informação de apuração de ICMS – que deve ser entregue sempre até o dia 11 de cada mês.

A partir daí, será possível ter um mapeamento das reais necessidades.

Nesta terça-feira, já houve melhora na liberação de cargas em alguns pontos do Estado – ao mesmo tempo, foram registrados problemas onde até então o caminho estava livre. O milho, usado na ração, começou a circular com maior normalidade, segundo o presidente da Asgav, Nestor Freiberger. Também diminuiu o volume de leite que deixou de ser recolhido diariamente – que chegou a ser de 5 milhões de litros.

Ainda assim, é bom lembrar que a retomada da normalidade levará pelo menos 15 dias a partir da liberação completa da passagem.