O Boletim Regional, divulgado hoje (04/08) pelo Banco Central, revela que a continuidade das vendas externas da agroindústria no Centro-Oeste, “sustentaram as exportações e exerceram desdobramentos favoráveis sobre o desempenho do mercado de trabalho, da indústria e do comércio”.
Um dos destaques é a expansão da cultura de cana-de-açúcar, “que impulsiona a demanda por bens de capital [máquinas e equipamentos] para a produção de álcool e contribui para a continuidade da geração de empregos na indústria de transformação e para o fortalecimento do mercado interno”.
Segundo o boletim, a região é impulsionada pelos ganhos reais na atividade produtiva, pelas medidas anticíclicas (estímulos fiscais e redução dos juros básicos) do governo e pela retomada das operações de crédito. A publicação do BC é divulgada a cada três meses com o estudo sobre a situação econômica de cada região.
No Sudeste, o BC considera que “a recuperação experimentada pela economia no segundo trimestre de 2009 esteve associada, fundamentalmente, ao impacto proporcionado pelas medidas anticíclicas adotadas pelo governo nos últimos meses”.
De acordo com o relatório, essa evolução sugere que o processo de recuperação dos impactos da crise poderá ocorrer de forma mais rápida que o esperado inicialmente e se refletiu na retomada registrada na atividade varejista e, principalmente, na indústria.
O documento revela que a atividade econômica foi impulsionada pelas “melhores condições no mercado de crédito e pelo maior dinamismo dos segmentos veículos e materiais de construção”.
No Sul, “o maior dinamismo das atividades industrial e varejista impulsionou a evolução recente da economia”. A recuperação da economia, nessa região, ocorre apesar do “desempenho negativo da agricultura, fortemente afetado por problemas climáticos”.
Os técnicos adotam o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) para realizar o estudo. O IBCR da região Norte foi o único que recuou. A queda foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro, quando o recuo foi de 3,9% no mesmo tipo de comparação.
No Centro-Oeste, houve estabilidade no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro (queda de 0,6%). No Sudeste, houve aumento do índice de 1,7%, em relação trimestre encerrado em fevereiro ( recuou de 5,3%). No Sul, o crescimento foi de 1,4% em maio, na comparação com o dado de fevereiro (recuo de 5%).