Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados na terça-feira (4/10), mostram que as exportações brasileiras de carnes in natura apresentaram crescimento em outubro na comparação com o mês anterior, apesar da queda do dólar em quase 20% frente ao real. Os melhores resultados foram observados nas exportações de aves e suínos, 16% e 15%, respectivamente. De acordo com os analistas da corretora Ativa, a Brasil Foods deve ser diretamente bneficiada pela melhora, já que a companhia tem grande exposição no mercado destas proteínas.
O crescimento das vendas de aves para o mercado externo pode ser explicada, segundo a corretora, pelo aumento em 16% dos volumes exportados. Já a carne suína, que reportou pelo segundo mês consecutivo os melhores resultados nas comparações mensais, foi beneficiada pela alta de 5,7% nos preços em relação a setembro. Além disso, esta é a linha de proteínas que mais cresce em termos de volume.
A carne bovina demonstrou o menor avanço na linha de receitas, de 3,5% em relação a setembro. A maior influência para o resultado foi a queda de 2,8% nos preços. O avanço dos volumes foi inferior ao das demais proteínas, ficando em 6,5%. De acordo com a Ativa, na comparação com 2008, é a proteína que, em geral, apresenta os piores resultados, sendo a única que ainda registra quedas significativas nos volumes exportados.
Diante deste resultado, é possível que os frigoríficos tenham voltado-se para o mercado interno, aproveitando o vácuo deixado por grandes players em dificuldades financeiras ocasionadas pelo recuo de preços do mercado externo.
Às 16h29, as ações da Brasil Foods (PRGA3) eram negociadas na Bovespa a 42,67 reais. O Ibovespa registrava alta de 1,80%, aos 63.773 pontos.