A Perdigão chega aos 75 anos de atividade com 42 unidades industriais em 11 Estados, além de três plantas na Europa e uma na Argentina. Atualmente, são 59 mil empregados em 25 unidades industriais de carne, 15 de lácteos, uma de processamento de soja, uma fábrica de margarina, centros de distribuição, além de 19 distribuidores terceirizados.
Fundada pelas famílias Brandalise e Ponzoni em 1934, em Santa Catarina, a Perdigão produz atualmente mais de 2.500 itens, como frangos (inteiros e cortes), suínos e bovinos congelados, presuntos, mortadelas, salsichas, hambúrgueres, empanados, lasanhas, pizzas, sucos, iogurtes e leite.
A empresa permaneceu sob a administração da família Brandalise até setembro de 1994, quando em decorrência de uma crise de liquidez, vendeu sua participação, que consistia em 80,68% das ações ordinárias e 65,54% das ações preferenciais, para oito fundos de pensão –dos quais seis ainda estão na companhia.
No exterior, a Perdigão e suas subsidiárias têm hoje escritórios na Inglaterra, França, Japão, Holanda, Rússia, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Hungria, Portugal, Espanha, Itália e Áustria.
No país, são 27 centros de distribuição em 13 Estados e no Distrito Federal e um centro de distribuição na Europa.
No mercado doméstico, a companhia opera, principalmente, com as marcas Perdigão, Chester, Batavo e Turma da Mônica (licenciada). No mercado externo, que representa 44% das vendas, destacam-se as marcas Perdix, Batavo, Fazenda, Borella e Confidence. Em 2007, através da compra do negócio de margarinas da Unilever, passou a trabalhar com as marcas Doriana, Delicata, Claybom e Becel, esta última através de sua joint-venture.
No mercado de capitais, a empresa tem ações negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York), sob a forma de ADRs (Recibos de Depósitos Americanos).
Em 2008, a Perdigão acumulou queda de 83% no lucro líquido em relação a 2007, alcançando R$ 54,4 milhões. Segundo informou a empresa, o resultado teve impacto cambial nas despesas financeiras e pela parcela de ágio contabilizada no ano, em consequência das aquisições, e pelos efeitos de ajustes e melhorias de produção.
A empresa informou que, mesmo em um ano “desafiante”, assumiu a liderança do setor de alimentos no Brasil e registrou um faturamento bruto de R$ 13,2 bilhões em 2008, alta de 69% na comparação com o ano anterior.
Em 2008, a Perdigão investiu R$ 2,4 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão nas aquisições da Eleva, Plusfood e Cotochés.